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CONDENADO

Ashley Judd ganha recurso e pode processar Harvey Weinstein por assédio sexual

A atriz americana Ashley Judd poderá processar o ex-produtor Harvey Weinstein por assédio sexual, após a decisão de um tribunal de apelação da Califórnia nesta quarta-feira (29). Judd o acusa de ter arruinado sua carreira por resistir a seus avanços sexuais.



Um juiz federal de Los Angeles havia decidido em primeira instância, em janeiro de 2019, que o assédio sexual não era aplicável no caso da atriz, uma vez que a lei de assédio sexual não incluía naquele momento as relações entre atores e produtores.

No entanto, ele a autorizou a abrir uma ação civil. Ashley Judd, de 52 anos, foi uma das primeiras a quebrar o silêncio sobre os atos de Harvey Weinstein, acusado de assédio, agressão sexual ou estupro por mais de 80 mulheres, incluindo estrelas como Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow e Léa Seydoux.

O magnata foi condenado em fevereiro em Nova York a 23 anos de prisão por estupro e agressão sexual.

Em um processo em separado, ainda aberto em Los Angeles, ele é acusado por três mulheres de crimes semelhantes cometidos na Califórnia.



Em sua ação judicial de abril de 2018, Judd diz que Weinstein eliminou suas chances de aparecer na trilogia "O Senhor dos Anéis", uma das mais lucrativas da história do cinema, ao dizer ao diretor Peter Jackson que trabalhar com ela foi "um pesadelo", algo que o próprio Jackson confirmou publicamente.

Assim, Weinstein "conseguiu entrar na lista negra de Judd, acabando com sua oportunidade de trabalhar no que se transformou em uma série que ganhou bilhões de dólares e 17 estatuetas do Oscar", afirmou.

Judd alega ter sido punida por Weinstein por "ter rejeitado seus avanços sexuais um ano antes (em 1997), quando a chamou em um quarto de hotel com o pretexto de falar sobre negócios".