A terça-feira 2 de junho de 2020 ficará marcada para história cultural como dia do blackout. O Blackout tuesday, como ficou conhecido o movimento, é uma iniciativa em consenso em que gravadoras fecharam as portas, rádios pararam transmissões e artistas se silenciaram da internet. A motivação é gerar uma conscientização para o movimento antirracista que vem tomando força nos Estados Unidos e se espalhando no mundo todo após a morte de George Floyd por asfixia.
Partindo da indústria fonográfica e seguindo para outros setores artísticos e da sociedade, o BlackOut Tuesday começou com a hashtag #showmustbepaused (O show precisa parar, em tradução) no intuito dos artistas tirarem de si os holofotes e virarem para a comunidade que tem sofrido com racismo estrutural.
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Gravadoras, como Columbia Records, Sony Music, Universal e Warner Music, anunciaram que não terão expediente em apoio à campanha e ao movimento Black Live Matters. Em uma homenagem mais direcionada, a Warner Music colocou fotos de famosos casos de pessoas negras que perderam a vida para brutalidade policial.
O Spotify trocou as capas das principais playlists da plataforma para versões feitas apenas em preto e tons de cinza escuro, e também fará uma pausa de 8 minutos e 46 segundos nas transmissões musicais, em referência ao tempo que o policial ficou ajoelhado no pescoço de George Floyd. Além disso, lançou uma playlist chamada Black Lives Matter com artistas e músicas importantes para o movimento negro. O Deezer enviou a todos os usuários uma nota de apoio ao Blackout tuesday e ao antirracismo.
Artistas como Elton John, Eminem, Quincy Jones, Michael B.Jordan e grupos, como Run DMC, aderiram a campanha postando uma foto preta nas redes sociais como uma forma de anúncio de silêncio na internet.