Após cobranças, Gabriela Duarte se pronuncia: 'Voto e exerço meu direito'

Atriz falou, nas redes sociais, sobre o direito de não se posicionar publicamente e deu a entender que tem opiniões divergentes da mãe Regina Duarte

Correio Braziliense 22/05/2020 08:15
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(foto: Instagram/Reprodução)
A atriz Gabriela Duarte, filha de Regina Duarte, publicou nesta quinta-feira (21/5), no Instagram, um texto em que defende a própria liberdade de escolher se posicionar publicamente ou não sobre assuntos políticos, sobretudo aqueles que envolvem a família.

A postagem acontece no dia seguinte à demissão da mãe do cargo de secretária de Cultura do governo de Bolsonaro. Desde a polêmica entrevista da então secretária à CNN, a filha, Gabriela, vem sendo bombardeada nas redes sociais com cobranças dos internautas por um posicionamento sobre o assunto. Muitos deles chegaram mesmo a pressionar a atriz para que interditasse a própria mãe.

Após um longo período de silêncio sobre o assunto, a atriz desabafou e defendeu o próprio direito de escolher se posicionar publicamente ou não, o que não a impediria de se posicionar de outras maneiras. “Um artista pode se posicionar politicamente se quiser. Existem os que fazem isso e tem suas razões. Essa, porém, nunca foi uma escolha minha”, começa o texto. “A profissão que escolhi já é bastante política em vários aspectos. Isso, no entanto, não faz com que eu deixe de me posicionar, mas o faço como uma cidadã normal. Voto e exerço meu direito de escolher pessoas que acho mais adequadas a me representar, mas não trago isso pra minha vida pública”, argumenta.

“Não tenho necessidade de mais do que isso, nem me sinto no direito de influenciar politicamente quem quer que seja. São escolhas, e escolhas são individuais. Cada um tem a liberdade de pensar de forma própria. E isso diz respeito a relações familiares também", complementa. O texto dá a entender, ainda, que a atriz tem divergências em relação à postura da mãe.
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ESCOLHAS Um artista pode se posicionar politicamente se quiser.Existem os que fazem isso e tem suas razões .Essa,porém,nunca foi uma escolha minha. A profissão que escolhi ja é bastante política em vários aspectos.Isso,no entanto,não faz com que eu deixe de me posicionar, mas o faço como uma cidadã normal.Voto e exerço meu direito de escolher pessoas que acho mais adequadas a me representar,mas não trago isso pra minha vida publica. Divido meus pensamentos e opiniões nessa área com pessoas que me são próximas.Não tenho necessidade de mais do que isso, nem me sinto no direito de influenciar politicamente quem quer que seja.São escolhas, e escolhas são individuais.Cada um tem a liberdade de pensar de forma própria. E isso diz respeito a relações familiares também. Somos o que escolhemos ser e batalhamos por isso.Quando crianças, seguimos o exemplo daqueles que estão muito próximos a nós: os pais, os avós, irmãos, professores da escola%u2026Aos poucos esse universo se amplia e nossas referências também. Começamos então a formar nosso próprio corpo ideológico e percebemos que não precisamos mais seguir os modelos da infância e adolescência.Amadurecer,entre tantas coisas,é isso. Tudo isso não quer dizer que não possa mais haver afeto, amor,gratidão e respeito por aqueles que nos criaram.Pelo contrario.Devem ser apreciados e honrados todos os dias.Mas entender que uma familia não precisa necessariamente funcionar como um bloco, com pensamentos em uníssono sempre, é fundamental. Meus filhos têm sido criados tambem dessa forma .Para que sejam livres e possam formar seus próprios pensamentos.O fato de serem meus filhos não os obriga a serem como eu.Quero que eles sejam melhores! Escolhas são individuais, que fique claro.Cada adulto que cuide de seu RG e CPF.

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