José Marcílio, um dos filhos da culinarista, informou ao Estado de Minas que dona Lucinha vinha passando bem, embora já lidasse há algum tempo com os efeitos do Alzheimer. Na manhã desta terça (9), ela sofreu um infarto em casa.
Autora de História da arte da cozinha mineira, um livro que se tornou clássico em sua área, Dona Lucinha ficou nacionalmente conhecida pelo restaurante que leva o seu nome e conta com duas unidades na capital mineira e uma em São Paulo. Reconhecida por seu esmero e cuidado na preparação dos pratos típicos de Minas, o Dona Lucinha é um dos pontos considerados obrigatórios pelos turistas em BH.
O velório está marcado para as 9h desta quarta (10), no Cemitério da Colina. O enterro será às 16h.
Nos últimos anos, em razão dos problemas de saúde, dona Lucinha havia restringido um pouco as atividades profissionais, mas não tinha perdido o interesse pela culinária e a energia para cozinhar.
Em entrevista ao Estado de Minas em 2016, prestes a fazer uma viagem para sua terra natal, ela comentou sobre a importância de suas origens no desenvolvimento do tipo de culinária a que se dedicou e também falou sobre seu gosto por preparos mais complicados.
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Citou o empadão folhado como um dos quitutes que gostava de preparar. “É um dia para fazer o folhado e outro para o recheio, que leva batata, frango, lombo, macarrão, azeitona e palmito. O macarrão era um mais grosso que tinha no Serro, as azeitonas meu avô mandava buscar no Rio de Janeiro e o palmito a gente tirava no mato. Cubro com a massa folhada, aperto bem para não soltar e bordo com tiras da mesma massa.
Em 2015, o Salgueiro se inspirou no livro de dona Lucinha para o enredo "Do fundo do quintal, sabores e saberes na Sapucaí". A autora era convidada de honra do desfile, mas teve um contratempo de saúde que a levou a uma internação em terapia intensiva poucos dias antes. No entanto, dona Lucinha se recuperou e fez questão de participar do desfile.
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