Ex-secretária de Estado de Cultura do governo de Antonio Anastasia (PSDB), Eliane Parreiras será a nova presidente da Fundação Clóvis Salgado. Embora ainda não tenha sido nomeada oficialmente, a informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e pela própria Eliane, que conversou com o Estado de Minas.
Atualmente, ela ocupa o cargo de gerente geral de cultura do Sesc em Minas Gerais. Formada em Comunicação Social pela PUC-MG, pós-graduada em Gestão em Marketing, pela Fundação Getúlio Vargas, e em Gestão Cultural, pelo IEC (Instituto de Educação Continuada da PUC-MG), ela já presidiu a Fundação Clóvis Salgado, entre 2009 e 2010, também na gestão de Anastasia.
“Aceitei essa missão a convite do vice-governador (Paulo Brant) e do secretário (Marcelo Matte), muito tocada com todos os esforços para colocar a Fundação Clóvis Salgado no lugar de protagonismo cultural que ela merece, não só em Minas Gerais, mas no Brasil”, disse a próxima presidente da FCS.
Ainda sem assumir o cargo, ela já reconhece os primeiros desafios e estabelece a maior prioridade: a revitalização dos equipamentos culturais da Fundação, entre eles o Palácio das Artes. Em janeiro deste ano, o ator Paulo Gustavo criticou publicamente as condições do Grande Teatro, depois de apresentar seu espetáculo Minha mãe é uma peça. Na ocasião, o espaço apresentou problemas na iluminação e no ar-condicionado.
“Essa é a prioridade máxima, porque o impacto é muito grande. Para os nossos objetivos, é fundamental que a gente tenha condições adequadas. Entretanto, eu não assumi ainda, há um processo de transição, mas após isso será apresentado um plano de ação”, afirmou Eliane, sobre a situação dos equipamentos do Grande Teatro.
A gestora ainda estabelece como primeiras metas a democratização do acesso aos espaços, diversificação da programação, além do fortalecimento dos grupos artísticos como Orquestra Sinfônica, Coral Lírico e a Cia. de Dança e do Cefart (Centro de Formação Artística e Tecnológica). Para este último, a presidente afirma que o processo será através da ênfase em pesquisa. “Na minha compreensão, a formação só se concretiza se houver uma oportunidade de pesquisa, apresentação e relação com o público. Queremos isso para os alunos que estão lá”, argumenta.
Diante de uma declarada escassez de recursos financeiros por parte do governo estadual, a nova presidente da FCS destaca possibilidade de parcerias e de ajustes na gestão. “Na Fundação Clóvis Salgado, além do recurso orçamentário, existem os termos de parceria, para ver se há a execução compartilhada. Além disso, há o patrocínio de empresas privadas e públicas, de atuação cultural forte. Mas pretendemos também qualificar ainda mais a gestão, para que os recursos possam ser ainda melhor investidos”, explica Parreiras.
Por fim, a nova presidente se diz otimista com a missão que assumirá novamente na Fundação. “A Fundação Clóvis Salgado tem um papel simbólico muito grande para a sociedade, para a comunidade e, com bons projetos, foco e prioridade, vamos trazer essa rede de apoio. Estou muito otimista em ter bons projetos e boa articulação para que isso possa viabilizar que a sociedade participe desse processo”, afirma Eliane Parreiras.