Roger Waters não obteve autorização judicial para visitar Lula na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde o ex-presidente cumpre pena desde abril. A juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, indeferiu a solicitação. A ideia era que o encontro o roqueiro e o ex-presidente acontecesse neste sábado (27), dia em que o artista se apresentará na cidade. Waters deixa o Brasil no domingo (28).
"A visitação em ambiente carcerário, pela natureza que lhe é inerente, não se faz de forma improvisada, tampouco se submete exclusivamente à comodidade do executado e/ou visitante. Exige programação, fiscalização e controle, a fim de preservar-se a segurança e as atividades do local de custódia", justificou a magistrada.
A petição elaborada pelos advogados de Lula cita as "Regras de Mandela", tratado adotado da Organização das Nações Unidas (ONU) que garantem a todo e qualquer custodiado o contato com o mundo exterior. O documento destaca ainda a reputação de Waters na defesa dos direitos humanos.
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Os shows do britânico no país foram marcados por manifestações políticas, sobretudo contra o Jair Bolsonaro. O músico associou o nome do presidenciável ao neofascismo, e aderiu à campanha #elenão, movimento de protesto liderado pelas mulheres contra Bolsonaro.
Em Belo Horizonte, onde o artista se apresentou em 21 de outubro, Waters fez performances críticas a Donald Trump, como a exibição da frase "Trump é um porco" nos telões do Mineirão, onde se apresentou para 51 mil pessoas.