Mesmo após a decisão do Iphan em autorizar o projeto imobiliário da Sisan, o embate histórico entre o diretor Zé Celso e o Grupo Silvio Santos parece não ter fim.
O parecer do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional deu aval, em maio desse ano, à construção das torres residenciais no terreno ao lado do Teatro Oficina, tombado em nível estadual em 1983 e federal em 2010, além de ser considerado o melhor teatro do mundo pelo jornal The Guardian.
saiba mais
Lívia Andrade explica cancelamento de gravações por Silvio Santos
Silvio Santos recebe visita de seu neto durante gravação
Silvio Santos sugere orgia para filha Patricia com participantes de programa
'Está velha', dispara Silvio Santos sobre a filha Silvia, do 'Bom Dia & Cia.'
Silvio Santos é acusado de racismo após tirar prêmio de candidata negra
O próximo que precisa se posicionar é o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (Conpresp), que no ano passado chegou a ter uma sessão que envolvia o caso suspendida pela Justiça, com liminar concedida Instituto dos Arquitetos do Brasil, após a renúncia de dois membros que alegaram pressão política na análise técnica. Em período de recesso, um porta voz do Conselho afirmou que o caso deve entrar na pauta a partir de 6 de agosto, quando o Conpresp retorna às atividades.
Em novembro de 2017, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico (Condephaat) também deu vitória ao projeto da Sisan no bairro do Bexiga. A área ocupada na região responde por um terço dos tombamentos da cidade de São Paulo.
Em agosto desse ano, como adiantou o Estado, o Grupo Silvio Santos e Zé Celso até tentaram uma conciliação promovida pelo ex-prefeito João Doria. Segundo o diretor do Oficina, o projeto das torres deixaria o teatro "encaixotado", ao se referir ao janelão de 100 metros quadrados que acompanha a extensão do terreno do apresentador do SBT.
Dias depois, o diretor do Oficina denunciou Silvio Santos em seu blog por oferecer a ele R$ 5 milhões para que desistisse do terreno. A proposta, segundo Zé Celso, havia sido feita em uma ligação telefônica e imediatamente recusada.