O escritor e jornalista Tom Wolfe morreu aos 88 anos na segunda-feira (14), segundo informou a agência de notícias Associated Press (AP). Considerado um dos grandes inovadores do jornalismo no século 20, ele era autor de livros e textos célebres, como Radical chique e o Novo Jornalismo, além de Emboscada no forte Bragg.
Segundo a AP, o agente literário Lynn Nesbit confirmou a morte em virtude de uma infecção não especificada contraída durante uma internação em um hospital de Nova York. Ele estava internado em Manhattan.
Tom Wolfe era conhecido como pai do new journalism ao lado de nomes como Gay Talese e Norman Mailer.
Alguns de seus trabalhos de ficção foram adaptados para o cinema. Os eleitos: Onde o futuro começa (1983), com Sam Shepard e Dennis Quaid, levou quatro Oscars.
A morte comoveu jornalistas e escritores, que se manifestaram pelas redes sociais. A editora do The New York Times Book Review, Pamela Paul, descreveu o faleciemento do escritor como ''o fim de uma era''. Conor Pope, do jornal irlandês The Irish Times, afirmou: ''Poucas pessoas tiveram um impacto tão poderoso para o jornalismo moderno quanto Tom''.
Wolfe também ficou conhecido por cunhar expressões como ''radical chiques'', para falar da fascinação dos liberais ricos com figuras revolucionárias, bem como a geração ''Me'' (mim, em tradução livre), ao comentar as atitudes individualistas dos baby boomers dos anos 1970.
Em uma de suas críticas mais ácidas, ele escreveu: ''Eu acho que todo momento da vida de um ser humano, a menos que a pessoa esteja morrendo de fome ou em perigo de morte, é controlado pela preocupação com o status'', em texto para o Wall Street Journal.