O cineasta italiano Ermanno Olmi, Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1978 com A árvore dos tamancos, faleceu aos 86 anos, anunciou o ministério italiano da Cultura. Olmi, um cineasta autodidata e pioneiro do gênero documental, estava doente há vários anos e faleceu no domingo (6) no hospital de Asiago, perto de Vicenza (norte da Itália).
"A morte de Ermanno Olmi deixa a cultura italiana sem um gigante, um grande mestre do cinema italiano", afirmou o ministro da Cultura, Dario Franceschini. "Foi um intelectual profundo que sondou e explorou os mistérios do homem e explicou, com a poesia que caracteriza suas obras, a relação entre o homem e a natureza, a dignidade do trabalho, a espiritualidade", completou o ministro.
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Olmi criou um estilo muito pessoal e passou por vários formatos cinematográficos, incluindo o religioso em Cammina cammina (1982), no qual contava a história dos reis magos com atores não profissionais.
Em 1987 recebeu o Leão de Prata do Festival de Veneza com Lunga vita alla signora e em 1988 venceu o Leão de Ouro com a A lenda do santo beberrão, baseado em um conto de Joseph Roth.
Vinte anos depois recebeu o Leão de Ouro pelo conjunto de sua carreira.
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