

A sambista morreu na segunda-feira, aos 97 anos.
"É uma grande homenagem à mulher, ao empoderamemto feminino. Dona Ivone foi pioneira como compositora (a primeira mulher a ter samba na avenida, em 1965, por seu Império Serrano)", disse Santana, que já encenou um musical sobre Cartola - o projeto é de uma trilogia de sambistas fundamentais, e será concluído com Martinho da Vila.
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A direção será de Elisio Lopes; a direção musical, de Rildo Hora, que produziu disco de Dona Ivone e era seu amigo. Serão três atrizes, para interpretá-la da infância à maturidade. As audições serão no Itaú Cultural, no fim de maio. A peça chega a São Paulo em 2019.
Eliana Lara, nora de Dona Ivone, que a acompanhava em shows, ajudando-a a se vestir, contou que ela mantinha a lucidez e a musicalidade. Ausentava-se por vezes e depois se punha a solfejar uma nova melodia. Nessas horas, mandava chamar o neto e parceiro, André Lara. A última parceria faz "uns oito meses". "Foi minha segunda mãe. Muito amorosa. Era muito requisitada para shows, especialmente em São Paulo. Era reverenciada e ovacionada."