O corpo do pintor espanhol Salvador Dalí, exumado em julho para um exame de DNA determinado por um processo de paternidade, retornou ao Teatro-Museu de Figueras, anunciou nesta sexta-feira a fundação que administra o patrimônio do artista, gênio do surrealismo.
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O corpo do artista, nascido em Figueras e falecido na mesma localidade em 1989, foi exumado em julho em consequência do processo de paternidade apresentado por Pilar Abel, uma vidente que afirmava ser fruto de uma relação entre Dalí e sua mãe.
Para retirar o corpo foi necessário levantar uma pedra de mais de uma tonelada de peso que protegia o sarcófago de madeira maciça, com o objetivo de extrair dois ossos compridos, cabelos e unhas. O DNA dos restos mortais foi examinado por um instituto de toxicologia e Madri.
Os resultados do exame de DNA foram desfavoráveis à demandante e ficou descartado que seria filha de Salvador Dalí, conhecido por quadros como "A Persistência da memória" ou "Enigma sem fin".
O caso teve muita repercussão na Espanha e em Figueras em particular, com novas especulações sobre a sexualidade de Dalí, que foi casado com Gala, ex-mulher do poeta francês Paul Éluard, e não teve filhos.
A justiça condenou a vidente, de 61 anos, a pagar os custos do processo, mas ela se declarou insolvente e apelou da decisão.
Procurada pela AFP, a Fundação Gala-Salvador Dalí não informou o custo do processo.
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