Jill Messick, veterana executiva de Hollywood que foi representante de Rose McGowan quando a atriz acusou Harvey Weinstein de estupro, foi encontrada morta nesta quinta-feira (8), de acordo com seus familiares em entrevista à imprensa norte-americana.
Messick, que tinha 50 anos, lutou durante anos contra uma depressão e recentemente havia se sentido "vitimizada" pelas desinformações acerca deste assunto, de acordo com familiares em um comunicado que circula pelos meios americanos.
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McGowan é uma das ativistas mais proeminentes do movimento #MeToo nas redes sociais contra o assédio sexual. A atriz disse ao jornal The New York Times em outubro do ano passado que Messick havia arranjado o encontro com Weinstein, que começou em um quarto de hotel.
A revelação - e seu nome estampando nas manchetes como parte de uma troca de e-mails com Weinstein - tiveram um efeito negativo no ânimo de Messick, disse sua família.
"A velocidade com que a notícia se disseminou levou a informações falsas sobre Jill como pessoa, que ela não podia nem desejava combater", acrescenta a nota. Ela "se tornou um dano colateral de uma história já horrível".
A família acusa McGowan de fazer "declarações difamatórias" contra Messick, mãe de dois filhos, que ela escolheu não rebater por medo a afetar as vítimas de assédio sexual.
"Optou por não botar lenha na fogueira, permitindo que seu nome e sua reputação fossem manchados apesar de não ter feito nada ruim. Nunca escolheu ser uma figura pública, essa escolha lhe foi tirada", afirma o texto. Messick começou a produzir filmes e programas de televisão em 1999, e também trabalhou como executiva na Lorne Michaels Productions, da Paramount. Seus créditos de produção incluem filmes como Ela é demais, Meninas malvadas, Frida e Gênios do crime.