A atriz francesa Catherine Deneuve, dos filmes O reencontro e O diário perdido, é uma das cem mulheres que assinam uma carta aberta em oposição ao #MeToo, campanha para barrar os casos de assédio sexual na indústria cinematográfica. A manifestação, publicada nesta terça-feira (9/1) no jornal Le monde, argumenta que "os homens deveriam ser livres para flertar com as mulheres" e que a onda de revelações sobre abusos no ramo do entretenimento se trata de um novo "puritanismo".
Leia Mais
Globo de Ouro foi efetivo, mas caminho é longo pela igualdade em Hollywood Filme e série sobre abusos sexuais são os grandes vencedores do Globo de Ouro 2018Globo de Ouro tem desfile de preto pelo tapete vermelho em protestoAcusado de assédio e estupro, Weinstein é agredido nos EUA; veja vídeo Ashley Graham conta que sofreu assédio no trabalho aos 17 anosNetos de Danuza Leão criticam texto da avó sobre assédio'Toda mulher deveria ser assediada', diz Danuza LeãoA carta aberta é assinada não só por artistas, mas também intelectuais e acadêmicas francesas, como a cineasta Brigitte Sy. "Os homens têm sido punidos sumariamente, forçados a sair de seus empregos, quando tudo o que eles fizeram foi tocar o joelho de alguém ou tentar roubar um beijo. Estupro é crime, mas tentar seduzir alguém, mesmo de forma insistente ou desajeitada, não é - tampouco o cavalheirismo é uma agressão machista", diz o texto. "Como mulheres, não nos reconhecemos neste feminismo que, além de denunciar o abuso de poder, incentiva um ódio aos homens e à sexualidade".
.