

As atrações foram anunciadas na manhã de ontem (9) pelo presidente da instituição, Augusto Nunes-Filho.
Toda a programação da casa – artes visuais, cinema, música e artes cênicas – terá como norte o conceito de Manifesto. A ideia surgiu a partir de uma série de efemérides que serão celebradas neste ano – os 90 anos do Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade, o centenário do Manifesto Dadaísta e os 60 do Concretista.
A FCS, no entanto, não criou um manifesto próprio. De acordo com Nunes-Filho, ele poderá ser escrito “ao longo do ano”. “Na verdade, o tema é uma resposta aos acontecimentos do segundo semestre, na exposição de Pedro Moraleida, por exemplo”, disse ele, referindo-se aos protestos (e tentativa de censura) que a mostra Faça você mesmo sua Capela Sistina recebeu de grupos conservadores.
A programação apresentada à imprensa vai até dezembro. Mas só os meses foram anunciados; as datas, não. E também não foi um anúncio completo. O Inverno da Artes, que ocorre no meio do ano, não tem nenhuma atração confirmada. Outro projeto bem-sucedido da FCS, a Sinfônica Pop, só tem acertado o nome do primeiro semestre (o grupo mineiro Cobra Coral, em maio).
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A temporada de concertos da Orquestra Sinfônica e do Coral Lírico de Minas Gerais terá início em 27 de fevereiro, com a execução da cantata Alexander Nevsky, de Sergei Prokofiev.
A popular La Traviata, de Verdi, será apresentada em abril. A montagem com os corpos estáveis da FCS ficará a cargo de Silvio Viegas (regência e direção musical) e Jorge Takla (direção cênica). O elenco terá solistas celebrados, como o barítono Paulo Szot e a soprano Jaquelina Livieri. Já O holandês voador será a primeira montagem de uma ópera de Wagner em Belo Horizonte. Está prevista para outubro.
Com as exposições abertas no fim de 2017 (como a de Ana Horta, na Galeria Genesco Murta, e a de Alex Flemming na Grande Galeria) ainda em cartaz, a área de artes visuais vai dar início ao calendário de 2018 a partir de março, com exposições de edital de ocupação.
Em seu último ano à frente da FCS, Nunes-Filho anunciou que pretende, até dezembro, inaugurar o Cefart-Andradas. Num prédio de 3,8 mil metros quadrados, nos fundos da Serraria Souza Pinto, funcionarão as novas instalações do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart).
Nunes-Filho também disse que, quando o prédio estiver funcionando (o projeto arquitetônico está sendo analisado), o Centro Técnico de Produção (CTP), local da produção e guarda de cenários e figurinos das montagens da instituição, será transferido de Sabará para a Andradas. O presidente da FCS não soube informar o valor da obra.