Após ser notificado pelos músicos Marisa Monte e Arnaldo Antunes pela utilização não autorizada da música Ainda bem em um vídeo divulgado nas redes sociais, João Doria divulgou um vídeo, nesta quinta-feira (30), em que se manifesta sobre o ocorrido.
Na publicação, o prefeito de São Paulo afirma que pediu a retirada do vídeo das redes sociais e que não tinha "nenhuma intenção deliberada de usar a música", já que, segundo ele, a faixa teria sido registrada como som de fundo durante gravação em evento esportivo. O gestor pediu ainda que os artistas voltem atrás da cobrança, no valor de R$ 300 mil, por direitos autorais: "Não vamos fazer disso uma polêmica".
"Eu gravei um vídeo falando sobre o campo de futebol, não percebi que havia a música e nem sequer de quem era a música que estava tocando, e coloquei nas redes sociais. Não tinha nenhuma intenção deliberada de usar a música, de fazer uma utilização irregular e não pagar direitos autorais. Não faz o menor sentido. É como se você estivesse gravando um vídeo no seu carro, com seu rádio ligado, você coloca nas suas redes sociais e alguém vem e quer cobrar de você pelo uso de uma música que você não utilizou", afirma Doria no comunicado, sobre a cobrança solicitada pelo advogado da cantora Marisa Monte.
Nesta quarta-feira (29), a cantora Marisa Monte divulgou uma nota sobre a solicitação para que João Doria retirasse o trecho da música Ainda bem da publicação. "Notificamos o prefeito, em conjunto com nossas editoras (SonyATV e Universal Music Publishing), sobre o uso ilegal de nossa obra, solicitando a retirada imediata do conteúdo de circulação e o esclarecimento ao público de que a canção havia sido usada sem nosso consentimento", diz o texto da artista.
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A artista, no entanto, rebate o argumento afirmando que o "vídeo é claramente uma peça audiovisual de propaganda política, produzida, editada e finalizada, com o evidente objetivo de autopromoção". Ainda nesta quinta-feira, a Prefeitura de São Paulo emitiu uma nota oficial informando que o gestor não pretende realizar o pagamento, por não enxergar legalidade na cobrança.