A atriz francesa Mireille Darc, símbolo do cinema francês nos anos 1960 e 1970, faleceu nesta segunda-feira aos 79 anos, acompanhada de seu ex-companheiro Alain Delon.
"Mireille Darc faleceu esta noite em sua casa em Paris. Estava cercada por sua família, incluindo seu marido (o arquiteto Pascal Desprez) e também Alain Delon", indicou à AFP seu agente.
Darc, que durante 15 anos foi companheira de Alain Delon, sofreu uma interrupção em sua carreira nos anos 1980, antes de retornar na década seguinte com vários papéis em séries de televisão que resultaram em um novo momento de popularidade. Também dirigiu vários documentários sobre temas sociais, como o transplante de órgãos, câncer e a prostituição.
Ela trabalhou em quase 50 filmes, 13 deles com o diretor Georges Lautner.
Com sua silhueta esbelta e cabelo louro platinado, a atriz deslumbrou o público na década de 1960 com seu sedutor estilo "garçonne".
Nascida em 15 de maio de 1938, Mireille Aigroz - que escolheu seu pseudônimo em referência a Joana d'Arc - desembarcou em 1959 em Paris de sua cidade natal, Toulon (sudeste), com grande ambição, aceitando todas as propostas de teatro e televisão, enquanto ganhava a vida como babá e modelo.
Já havia filmado uma dúzia de filmes quando trabalhou pela primeira vez nas comédias de Lautner em 1963. Juntos rodaram "Des pissenlits par la racine" (1964) e "Les barbouzes" (1964).
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Depois participou dos thrillers "Il n'y a pas de fumée sans feu" (1974) e "Mort d'un pourri" ("A morte de um corrupto") (1977), de Lautner, e o drama "L'homme pressé" (1977), de Edouard Molinaro, todos com Delon.
Em 2016 foi hospitalizada em 2016 durante vários meses devido a dois derrames cerebrais consecutivos.
"Choro a morte de Mireille, Mimi, minha irmã mais nova do cinema que conservou sua alma de menina, brincando de ser uma senhora, escondendo sua fragilidade e seu pudor", declarou Brigitte Bardot em um texto à AFP.
"Alta/Esbelta/Bonita/Com cabelo louro/Rosto risonho, encarnou a liberdade da mulher em todo o seu esplendor. O chique francês", escreveu Gilles Jacob, ex-presidente do Festival de Cinema de Cannes.