Em uma delas, enviada em 1951 ao físico David Bohm, Einstein aborda o vínculo estabelecido por ele entre a teoria quântica e a da relatividade. "Devo confessar que não estou em condições de adivinhar como poderia alcançar tal unificação, escreveu. Em uma carta de 1954 dirigida a Bohm, que na época vivia em São Paulo, Einstein mostra sua empatia diante das dificuldades vividas por seu amigo com um complexo trabalho teórico. "Se Deus criou o mundo, sua maior preocupação não era facilitar para nós a sua compreensão. O sinto claramente há 50 anos", assegurava.
A Winners indicou que as cartas faziam parte do patrimônio da falecida viúva de Bohm. Outra carta de 1954 se refere à possibilidade de Bohm se instalar em Israel, que havia sido fundado seis anos antes. Einstein, que recusou uma oferta para se tornar o presidente do novo país, considerava que não era um bom momento para seu amigo tomar essa decisão.
Bohm ocupou em 1955 o posto de professor convidado do Instituto Tecnológico de Israel, em Haifa, mas dois anos depois se mudou para a Inglaterra, onde trabalhou nas Universidades de Londres e de Bristol, segundo o site da Winners. Einstein era representante não residente da Universidade Hebraica de Jerusalém quando morreu, em 1955. Deixou para essa instituição os seus arquivos, a maior coleção do mundo de seus documentos..