Morreu aos 89 anos o artista plástico brasileiro Arthur Luiz Piza, nesta sexta-feira, 26, em Paris. Ele morava na capital francesa desde 1951, e estava há 20 dias internado. A informação foi confirmada pela página da Galeria Raquel Arnaud no Facebook.
Considerado um gigante da gravura contemporânea brasileira, Piza participou de várias bienais de São Paulo, desde a primeira, em 1951, sendo premiado na segunda edição e acabou se fixando em Paris nessa década. Deixou como lembrança (ao Museu Lasar Segall) a prensa que utilizou para criar sua obra inicial.
Na França, onde executou suas primeiras matrizes em cobre, em 1952, Piza logo se tornou conhecido dos grandes editores, após passar pelo estúdio de Gotthard Johnny Friedlaender (1912-1992), que, em 1950, acabara de se naturalizar francês. Mestre de grandes gravadores como o belga René Carcan (1925-1993), Friedlaender marcou a produção dos alunos, como é possível notar nas obras dos anos 1950 de Piza e Carcan, os dois muito próximos ao lirismo de Paul Klee quando o brasileiro se distanciou da sua produção figurativa brasileira para trilhar um caminho mais abstrato.
Na França, de 1957 em diante, Piza abandonou as formas orgânicas que o aproximavam de Miró para fazer experiências radicais em busca do relevo na gravura. Em busca do volume, o artista decidiu entalhar as placas no lugar da simples incisão. Queria uma gravura "tátil", como Van Gogh, sua primeira paixão pictórica, talvez desejasse que fossem suas telas. "Foi Van Gogh que me levou para a pintura", disse Piza ao jornal O Estado de S. Paulo em 2015, quando duas mostras em São Paulo repassaram sua carreira.
Considerado um gigante da gravura contemporânea brasileira, Piza participou de várias bienais de São Paulo, desde a primeira, em 1951, sendo premiado na segunda edição e acabou se fixando em Paris nessa década. Deixou como lembrança (ao Museu Lasar Segall) a prensa que utilizou para criar sua obra inicial.
Na França, onde executou suas primeiras matrizes em cobre, em 1952, Piza logo se tornou conhecido dos grandes editores, após passar pelo estúdio de Gotthard Johnny Friedlaender (1912-1992), que, em 1950, acabara de se naturalizar francês. Mestre de grandes gravadores como o belga René Carcan (1925-1993), Friedlaender marcou a produção dos alunos, como é possível notar nas obras dos anos 1950 de Piza e Carcan, os dois muito próximos ao lirismo de Paul Klee quando o brasileiro se distanciou da sua produção figurativa brasileira para trilhar um caminho mais abstrato.
Na França, de 1957 em diante, Piza abandonou as formas orgânicas que o aproximavam de Miró para fazer experiências radicais em busca do relevo na gravura. Em busca do volume, o artista decidiu entalhar as placas no lugar da simples incisão. Queria uma gravura "tátil", como Van Gogh, sua primeira paixão pictórica, talvez desejasse que fossem suas telas. "Foi Van Gogh que me levou para a pintura", disse Piza ao jornal O Estado de S. Paulo em 2015, quando duas mostras em São Paulo repassaram sua carreira.