Pacificamente eles vão chegando. Mãos dadas, homem com homem e mulher com mulher. Se cumprimentam sempre com beijos. São pacifistas. E a Gaymada é, na verdade, um motivo para uma grande festa, uma celebração de uma comunidade que vem cada vez mais conquistando espaço e respeito. “Esse evento nos permite trazer para o dia e mostrar para a cidade, aquelas pessoas que são vistas somente à noite”, diz Érika Hoffmann, de 30 anos, uma das organizadoras da Gaymada.
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Pois na hora de começar a disputa, Branco coloca a camiseta do HAP por cima do vestido e fica igual a seus companheiros e companheiras de time. Outra equipe uniformizada é a Herdeiras de Márcia Fu, nome escolhido por considerarem a ex-jogadora um ícone que serviria para apoiar o movimento. E cada um dos integrantes do time tem nas costas o nome de uma jogadora que já defendeu a Seleção Brasileira: Hilma, Ana Moser, Fernanda Doval, Fatão, Leila.
Os nomes dos personagens dessa história, na maioria das vezes são fictícios, ou seja, não são como foram batizados. Caso de Ronny Stevens, de 30, do time Toda Deseo, que participou no ano passado e repete a experiência este ano. Ele foi um dos primeiros a chegar e se trocou ali, na praça, colocando até cílios postiços.
O torneio foi um sucesso de animação, com o time Herdeiras de Márcia Fu se consagrando como campeão. No entanto, o público não aprovou a mudança de local do Parque Municipal para a Praça Rui Barbosa. “Antes, no Parque Municipal, era melhor para se ver, pois a quadra ficava num lugar rebaixado e as pessoas podiam ver o jogo com facilidade”, afirma um torcedor. Mas de todo jeito, a vibração era grande cada vez que alguém era queimado.
PS: O repórter Ivan Drummond tentou participar da Gaymada como árbitro das partidas, mas não foi possível. Não desta vez.