Até 12 de junho, haverá, diariamente, espetáculos, lançamento de livro, exibição de filme e realização de oficina no Tambor Mineiro. ''A gente percebeu a invisibilidade das artes negras no circuito cultural convencional. A Mostra Benjamin de Oliveira vem suprir uma lacuna. Existem vários produtores e artistas negros, mas nem sempre eles têm o interesse do mercado'', comenta Alexandre de Sena, um dos curadores da iniciativa.
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Na abertura da mostra, hoje, serão duas atrações. Dialogando com o personagem que dá nome à mostra, o tema será circo. Haverá, a partir das 19h, intervenção da Spasso Escola de Circo, seguida pelo lançamento do documentário 'Minha avó era palhaço', de Mariana Gabriel e Ana Minehira. O filme conta a história da atriz negra Maria Eliza Alves dos Reis, que entre os anos 1940 e 1960 se transformava no palhaço Xamego para poder entrar no picadeiro.
Um espetáculo convidado faz sua estreia nacional em BH. 'Mercedes', do grupo carioca Emu (dia 11, às 20h), presta homenagem a Mercedes Baptista, a primeira negra a integrar o corpo de baile do Teatro Municipal. Outra estreia é o sarau Atemporal ou a mulher e as águas do tempo, do A-Grupa: Teatro e Música, de Belo Horizonte (dia 9, às 20h). Há também montagens já vistas na cidade, como a infantil 'A lenda de Ananse – Um herói com rosto africano', do Teatro Negro e Atitude, um dos mais ativos de BH (dia 5, às 17h)
A programação traz também o projeto Black sou, com o coreógrafo e bailarino Rui Moreira. Numa entrevista-show, artistas convidados conversam com pessoas que são referência no movimento de BH, amanhã, às 21h. No dia 10, às 20h, será realizada a Batalha do Passinho, que reúne jovens do Centro Cultural Lá da Favelinha disputando passinhos de funk.
MOSTRA BENJAMIN DE OLIVEIRA
De 1º a 12 de junho. Tambor Mineiro,
Rua Ituiutaba, 339, Prado.
Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia). Programação completa: www.burlantins.com.br.