Quem gosta de Shakespeare terá um modo inusitado de debater a obra do dramaturgo inglês. Será realizado hoje, no jardim do Museu Mineiro, a partir das 19h, um encontro para conversar sobre a popularidade do dramaturgo com um detalhe curioso: será em formato de piquenique. E daqueles bem colaborativos, já que os interessados devem levar seus quitutes e a toalha.
Tudo tem a ver com um possível hábito da época em que William Shakespeare tinha popularidade ímpar no teatro britânico. As peças do autor de Romeu e Julieta eram frequentadas por pessoas sem instrução formal e que também consumiam os espetáculos sem qualquer pompa.
A plateia ficava de pé durante a apresentação, levava coisas para comer e até jogava restos de alimentos nos atores, caso a história não estivesse de acordo com o gosto do público.
“Vamos aproveitar o espaço e recriar algo a céu aberto e mais informal. Shakespeare é tratado hoje em dia no Brasil com uma formalidade que ele nunca teve”, afirma Erick Ramalho, presidente do Centro de Estudos Shakespearianos (CESh). A professora e escritora Aimara da Cunha Resende, incansável na batalha por simplificar a imagem criada em torno do dramaturgo, será a palestrante.
Autora de vários artigos sobre Shakespeare no Brasil e no exterior, há mais de 30 anos pesquisa as criações de Shakespeare. Atualmente, destaca as apropriações feitas pela cultura de massa das tramas criadas no século 17. Aimara analisa, por exemplo, as adaptações de peças e sonetos para o cinema, a televisão, os quadrinhos, os mangás japoneses e também para a literatura de cordel.
“Shakespeare cobriu todas as nuances do ser humano. Como tinha uma visão que ia além do tempo dele, cobriu várias áreas do conhecimento. Por isso é uma obra eterna”, explica. Segundo a professora, foi no final do século 18 e início do século 19 que a obra começou a atrair o interesse de acadêmicos e, assim, ficou com a equivocada fama de erudita. “Ele era um escritor popular. Fazia peça para o povo e não era só para a nobreza”, ressalta Aimara.
O Centro de Estudos Shakespearianos comemora todo 26 de abril o Dia de Shakespeare. Além de ser a data de fundação do CESh, é também o dia em que o dramaturgo supostamente teria sido batizado. Reza a lenda que William Shakespeare nasceu em 23 de abril de 1546 e teria morrido na mesma data, em 1616.
Ao longo do ano estão previstas diversas atividades em homenagem ao dramaturgo. Até 11 de maio, o Museu Mineiro recebe a exposição William Shakespeare, 400 anos depois. Artistas contemporâneos fazem recriações a partir das peças escritas pelo Bardo. Entre os participantes estão Yara Tupinambá, Fernando Pacheco, Willi de Carvalho e outros.
William Shakespeare, 400 Anos depois
Piquenique, com palestra e debate com a professora Aimara da Cunha Resende.
Hoje, às 19h, no jardim do Museu Mineiro – Av. João Pinheiro, 342, Funcionários, (31) 3261-1103. Entrada franca.
Tudo tem a ver com um possível hábito da época em que William Shakespeare tinha popularidade ímpar no teatro britânico. As peças do autor de Romeu e Julieta eram frequentadas por pessoas sem instrução formal e que também consumiam os espetáculos sem qualquer pompa.
A plateia ficava de pé durante a apresentação, levava coisas para comer e até jogava restos de alimentos nos atores, caso a história não estivesse de acordo com o gosto do público.
“Vamos aproveitar o espaço e recriar algo a céu aberto e mais informal. Shakespeare é tratado hoje em dia no Brasil com uma formalidade que ele nunca teve”, afirma Erick Ramalho, presidente do Centro de Estudos Shakespearianos (CESh). A professora e escritora Aimara da Cunha Resende, incansável na batalha por simplificar a imagem criada em torno do dramaturgo, será a palestrante.
Autora de vários artigos sobre Shakespeare no Brasil e no exterior, há mais de 30 anos pesquisa as criações de Shakespeare. Atualmente, destaca as apropriações feitas pela cultura de massa das tramas criadas no século 17. Aimara analisa, por exemplo, as adaptações de peças e sonetos para o cinema, a televisão, os quadrinhos, os mangás japoneses e também para a literatura de cordel.
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Ao longo do ano estão previstas diversas atividades em homenagem ao dramaturgo. Até 11 de maio, o Museu Mineiro recebe a exposição William Shakespeare, 400 anos depois. Artistas contemporâneos fazem recriações a partir das peças escritas pelo Bardo. Entre os participantes estão Yara Tupinambá, Fernando Pacheco, Willi de Carvalho e outros.
William Shakespeare, 400 Anos depois
Piquenique, com palestra e debate com a professora Aimara da Cunha Resende.
Hoje, às 19h, no jardim do Museu Mineiro – Av. João Pinheiro, 342, Funcionários, (31) 3261-1103. Entrada franca.