Lima, de 40 anos, que trabalhou como fotógrafo da Agence France-Presse (AFP), foi premiado juntamente com seus colegas Sergey Ponomarev, Tyler Hicks e Daniel Etter, também do New York Times, pela cobertura da crise dos refugiados da Síria, do Iraque e do Afeganistão, que fogem dos conflitos e da violência em seus países rumo à Europa. O prêmio foi compartilhado com a equipe da agência Thomson Reuters, contemplado pelo trabalho sobre o mesmo tema.
Junto à crise dos refugiados, a edição de 2016 dos Pulitzer premiou o trabalho de jornalistas e fotógrafos na cobertura dos conflitos no Afeganistão e na Síria e o surgimento do grupo extremista Estado Islâmico (EI), além de temáticas americanas de alcance internacional. Alissa Rubin, também do New York Times, obteve o prêmio de cobertura internacional por seus artigos sobre mulheres afegãs.
O jornal Los Angeles Times venceu na categoria notícias por sua cobertura do massacre de San Bernardino (Califórnia), onde Syed Farook e sua esposa, Tashfeen Malik, assassinaram 14 pessoas em 2 de dezembro passado, antes de serem mortos pela polícia. O prêmio ao livro de não ficção foi para Joby Warrick por 'Black Flags: The Rise of ISIS' ('Bandeiras negras: a ascensão do EI'), sobre a situação no Iraque e o crescimento do grupo extremista.
A agência de notícias americana Associated Press (AP) foi premiada pelo jornalismo de serviço público, ao investigar os abusos trabalhistas vinculados ao abastecimento de mariscos em seu país, o que levou à libertação de 2.000 escravos. Na categoria cobertura nacional nos Estados Unidos, o prêmio foi para a equipe do jornal The Washington Post por seu trabalho sobre a frequência e porque a polícia mata.
À margem das categorias de imprensa, o prêmio Pulitzer de ficção foi concedido ao vietnamita-americano Viet Thanh Nguyen pelo romance 'The Sympathizer'. O prêmio à melhor peça de teatro foi para o nova-iorquino filho de porto-riquenhos Lin-Manuel Miranda por "Hamilton", sobre um dos pais fundadores dos Estados Unidos..