Nicola Spinoza, ex-diretor do museu de Nápoles e um dos grandes especialistas mundiais em Caravaggio, concorda com Turquin. “É preciso ver nesta tela um verdadeiro original do mestre lombardo, identificável quase com certeza, apesar de não termos prova tangível e irrefutável”, assinala Spinoza.
A pintura foi descoberta no sótão de uma casa no sudoeste da França e proibida de sair do país por parte das autoridades, à espera de sua análise. Um decreto da ministra da Cultura, publicado no último dia 31, “rejeita o certificado de exportação pedido para uma pintura possivelmente atribuída a Michelangelo Merisi, conhecido como Caravaggio”.
Trata-se da obra Judite e Holofernes, uma pintura a óleo sobre tela da época de 1600 a 1610, “recentemente redescoberta e de grande valor artístico, que poderia ser identificada como uma composição perdida de Caravaggio”, indica a ordem ministerial.
A existência da obra era conhecida por uma cópia atribuída a Louis Finson, pintor flamengo contemporâneo de Caravaggio. A pintura mostra Judite, grande heroína bíblica, viúva da cidade de Betúlia, decapitando em sua tenda Holofernes, o general de Nabucodonosor, que sitiava a cidade..