Vinte e três artistas participam da coletiva Poética da resistência – Guignard, que será aberta nesta noite na cAsA – Obras sobre papel. Todos os participantes são também professores da Escola Guignard. Muitos com quase duas décadas de docência na instituição, caso de Cláudia Renault, que assina a curadoria.
A coletiva, idealizada por Lúcia Palhano, foi motivada por razão sem relação direta com o fazer artístico. Os professores/artistas – como Carlos Wolney, Isaura Pena, Sebastião Miguel, Sonia Laboriau e Tibério França – foram desligados de seus cargos devido à revogação da chamada Lei 100, que em 2007 efetivou quase 100 mil trabalhadores do estado. Como ela foi julgada inconstitucional, milhares de servidores estaduais foram desligados em dezembro passado.
“Éramos efetivados, houve a Lei 100 e todos foram mandados embora. Depois fomos readmitidos como designados (perdendo os direitos anteriores) e agora começamos um novo concurso”, comenta Cláudia. Para ela, uma escola que nasceu prezando a liberdade de expressão e a individualidade não pode ser analisada por “um olhar burocrático”. “Enquanto outras escolas têm um olhar convergente, a Guignard tem um olhar divergente.”
Diante do impasse, a cAsA decidiu convidar os professores para um trabalho conjunto. “A Lúcia me ligou e sugeriu uma exposição para mostrar a qualidade do trabalho dos professores”, acrescenta a curadora. A maior parte deles faz parte da terceira e quarta gerações de docentes da Guignard, que nasceu em 1944, pelas mãos de Alberto da Veiga Guignard. Em sua história, passaram Amílcar de Castro, Farnese de Andrade, Franz Weissmann e Maria Helena Andrés, entre vários outros.
Como a cAsA é dedicada ao papel, os trabalhos selecionados também são nesse suporte: fotografia, gravura, colagem, desenho, aquarela. Há artistas que terão apenas um trabalho apresentado e outros que terão uma pequena série. “A montagem foi feita por afinidade. Não me interessa colocar todas as fotos ou gravuras juntas. A ideia é não ter padrão. O que conta é que a leitura instigue o olhar”, acrescenta Cláudia.
POÉTICA DA RESISTÊNCIA
Abertura hoje, às 20h, para convidados, e amanhã para o público. cAsA – Obras sobre papel, Avenida Brasil, 75, Santa Efigênia, (31) 2534-0899. De segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 10h às 14h. Até 14 de maio.
A coletiva, idealizada por Lúcia Palhano, foi motivada por razão sem relação direta com o fazer artístico. Os professores/artistas – como Carlos Wolney, Isaura Pena, Sebastião Miguel, Sonia Laboriau e Tibério França – foram desligados de seus cargos devido à revogação da chamada Lei 100, que em 2007 efetivou quase 100 mil trabalhadores do estado. Como ela foi julgada inconstitucional, milhares de servidores estaduais foram desligados em dezembro passado.
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Diante do impasse, a cAsA decidiu convidar os professores para um trabalho conjunto. “A Lúcia me ligou e sugeriu uma exposição para mostrar a qualidade do trabalho dos professores”, acrescenta a curadora. A maior parte deles faz parte da terceira e quarta gerações de docentes da Guignard, que nasceu em 1944, pelas mãos de Alberto da Veiga Guignard. Em sua história, passaram Amílcar de Castro, Farnese de Andrade, Franz Weissmann e Maria Helena Andrés, entre vários outros.
Como a cAsA é dedicada ao papel, os trabalhos selecionados também são nesse suporte: fotografia, gravura, colagem, desenho, aquarela. Há artistas que terão apenas um trabalho apresentado e outros que terão uma pequena série. “A montagem foi feita por afinidade. Não me interessa colocar todas as fotos ou gravuras juntas. A ideia é não ter padrão. O que conta é que a leitura instigue o olhar”, acrescenta Cláudia.
POÉTICA DA RESISTÊNCIA
Abertura hoje, às 20h, para convidados, e amanhã para o público. cAsA – Obras sobre papel, Avenida Brasil, 75, Santa Efigênia, (31) 2534-0899. De segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 10h às 14h. Até 14 de maio.