Nove prefeitos, dois arquitetos e três décadas. Iniciativa do então prefeito de Belo Horizonte Juscelino Kubitschek, que administrou a cidade entre outubro de 1940 e outubro de 1945, o Palácio das Artes só se tornou real em 30 de janeiro de 1970. Projetado com ambição de se tornar o principal espaço cultural da capital mineira, no momento inicial contava apenas com a Grande Galeria. Um ano mais tarde, a cidade viu nascer seu maior palco, o chamado Grande Teatro.
Inaugurado a 14 de março de 1971 com a execução de O Messias, de Haendel, pela Orquestra Sinfônica Nacional sob regência de Isaac Karabtchevsky, o Grande Teatro vem, ao longo destes 45 anos, cumprindo a função sonhada por JK. Outros palcos nasceram nesse período, acompanhando o crescimento da cidade. O próprio Palácio das Artes ganhou braços que vão além da Avenida Afonso Pena, 1.537, mas o Grande Teatro continua sendo a mais prestigiosa casa de espetáculos de BH. Tanto por isso, a data será comemorada com convidados cuja história está ligada à instituição.
Nesta segunda à noite, o Grupo Corpo apresenta dois de seus espetáculos mais populares – Parabelo (1997) e Onqotô (2005). Não custa lembrar: a companhia dos irmãos Pederneiras estreou no palco, em 1976, apresentando Maria Maria no Grande Teatro. Todas as suas estreias ocorreram ali.
Terça-feira, será apresentado Carmina Burana por um dos corpos estáveis da Fundação Clóvis Salgado. O Coral Lírico de Minas Gerais, criado em 1979, vai se juntar ao Grupo de Percussão da UFMG para interpretar a cantata de Carl Orff.
A programação comemorativa continua na quarta-feira, com a edição especial do projeto literário Sempre um papo, que sempre levou seus mais diletos convidados para o Grande Teatro. Comemorando 80 anos, Adélia Prado lança Poesia reunida (Editora Record).
Encerrando a semana, montagem vai reunir dois dos grupos mais queridos de BH. Alice live, em cartaz na quinta-feira, levará ao palco a banda Pato Fu, executando trilha para o Grupo Giramundo. Misto de teatro e show, o espetáculo é baseado em Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll. Será apresentado ao vivo pela primeira vez.
FOTOGRAFIA Para marcar a efeméride, o Grande Teatro do Palácio das Artes ganha também a exposição Ano 45: Construção, histórico, origens, registros. Sábado, ela será aberta no Câmera Sete, espaço da Fundação Clóvis Salgado (FCS) destinado à fotografia. A mostra reúne cartazes, fotografias e vídeos de toda a história daquele palco, incluindo registros dos artistas que já passaram por ele.
Fotógrafo da FCS há 25 anos, Paulo Lacerda registrou boa parte do material exposto e selecionou 200 imagens para a mostra. Entre suas preferidas estão a mais recente montagem de Carmen, de Bizet, e fotos de seu ídolo, Milton Nascimento.
Hoje, Lacerda é o único fotógrafo da instituição, seu espectador mais presente e também o mais discreto. “Quero sempre fazer a melhor foto. Como nos espetáculos a gente não conhece a luz e o posicionamento, fico buscando o melhor ângulo”, conta. Faz isso sem incomodar o público e sem ser incomodado. “Como conheço bem o Grande Teatro, consigo fugir das mãozinhas para cima com os celulares”, revela.
45 ANOS DO GRANDE TEATRO
» Segunda-feira
20h30 – Parabelo e Onqotô. Com Grupo Corpo. Ingressos esgotados
» Terça-feira
20h30 – Carmina Burana. Com Coral Lírico de Minas Gerais, Grupo de Percussão da UFMG, músicos e solistas convidados. Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada)
» Quarta-feira
19h30 – Sempre um papo. Com Adélia Prado. Entrada franca
» Quinta-feira
20h30 – Alive live. Com Giramundo e Pato Fu. Ingressos esgotados
» Sábado
9h – Ano 45: construção, histórico, origens, registros. Mostra de fotografia. Câmera Sete, Avenida Afonso Pena, 737, Centro. O espaço funciona de terça-feira a sábado, das 9h30 às 21h. Em cartaz até 16 de abril.
Palácio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, (31) 3236-7400
Inaugurado a 14 de março de 1971 com a execução de O Messias, de Haendel, pela Orquestra Sinfônica Nacional sob regência de Isaac Karabtchevsky, o Grande Teatro vem, ao longo destes 45 anos, cumprindo a função sonhada por JK. Outros palcos nasceram nesse período, acompanhando o crescimento da cidade. O próprio Palácio das Artes ganhou braços que vão além da Avenida Afonso Pena, 1.537, mas o Grande Teatro continua sendo a mais prestigiosa casa de espetáculos de BH. Tanto por isso, a data será comemorada com convidados cuja história está ligada à instituição.
Nesta segunda à noite, o Grupo Corpo apresenta dois de seus espetáculos mais populares – Parabelo (1997) e Onqotô (2005). Não custa lembrar: a companhia dos irmãos Pederneiras estreou no palco, em 1976, apresentando Maria Maria no Grande Teatro. Todas as suas estreias ocorreram ali.
Terça-feira, será apresentado Carmina Burana por um dos corpos estáveis da Fundação Clóvis Salgado. O Coral Lírico de Minas Gerais, criado em 1979, vai se juntar ao Grupo de Percussão da UFMG para interpretar a cantata de Carl Orff.
A programação comemorativa continua na quarta-feira, com a edição especial do projeto literário Sempre um papo, que sempre levou seus mais diletos convidados para o Grande Teatro. Comemorando 80 anos, Adélia Prado lança Poesia reunida (Editora Record).
Encerrando a semana, montagem vai reunir dois dos grupos mais queridos de BH. Alice live, em cartaz na quinta-feira, levará ao palco a banda Pato Fu, executando trilha para o Grupo Giramundo. Misto de teatro e show, o espetáculo é baseado em Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll. Será apresentado ao vivo pela primeira vez.
FOTOGRAFIA Para marcar a efeméride, o Grande Teatro do Palácio das Artes ganha também a exposição Ano 45: Construção, histórico, origens, registros. Sábado, ela será aberta no Câmera Sete, espaço da Fundação Clóvis Salgado (FCS) destinado à fotografia. A mostra reúne cartazes, fotografias e vídeos de toda a história daquele palco, incluindo registros dos artistas que já passaram por ele.
Fotógrafo da FCS há 25 anos, Paulo Lacerda registrou boa parte do material exposto e selecionou 200 imagens para a mostra. Entre suas preferidas estão a mais recente montagem de Carmen, de Bizet, e fotos de seu ídolo, Milton Nascimento.
Hoje, Lacerda é o único fotógrafo da instituição, seu espectador mais presente e também o mais discreto. “Quero sempre fazer a melhor foto. Como nos espetáculos a gente não conhece a luz e o posicionamento, fico buscando o melhor ângulo”, conta. Faz isso sem incomodar o público e sem ser incomodado. “Como conheço bem o Grande Teatro, consigo fugir das mãozinhas para cima com os celulares”, revela.
45 ANOS DO GRANDE TEATRO
» Segunda-feira
20h30 – Parabelo e Onqotô. Com Grupo Corpo. Ingressos esgotados
» Terça-feira
20h30 – Carmina Burana. Com Coral Lírico de Minas Gerais, Grupo de Percussão da UFMG, músicos e solistas convidados. Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada)
» Quarta-feira
19h30 – Sempre um papo. Com Adélia Prado. Entrada franca
» Quinta-feira
20h30 – Alive live. Com Giramundo e Pato Fu. Ingressos esgotados
» Sábado
9h – Ano 45: construção, histórico, origens, registros. Mostra de fotografia. Câmera Sete, Avenida Afonso Pena, 737, Centro. O espaço funciona de terça-feira a sábado, das 9h30 às 21h. Em cartaz até 16 de abril.
Palácio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, (31) 3236-7400