Baface3, Celo, DGS, Ed-Mun, Hely, Iron, Lax, Mone, VNS e Zack, Daniel Bogu, Rodrigo Kaos e Claudinei Ploc são alguns dos grafiteiros convidados para prestar uma homenagem ao poeta. “A ideia é chamar pessoas que fazem trabalhos sócio-culturais nas comunidades. Dar visibilidade aos multiplicadores”, explica Hely Costa, coordenador do projeto.
Dentro de uma iniciativa chamada ‘Arte favela nos becos’, dez obras circularam ao longo de 2015 por exposições temporárias nos becos de comunidades de BH, como Alto Vera Cruz, Conjunto Felicidade e Aglomerado da Serra.
Segundo Hely, o projeto começou ainda em 2003 e tratava-se de um trabalho cultural com jovens da periferia. O objetivo era associar a história da arte brasileira com o grafite. “O grafite é uma cultura americanizada.
Com a experiência, o agente cultural percebeu que poderia fazer a junção do grafite com a literatura. O escritor Murilo Rubião acabou ganhando uma homenagem também.
“A comunidade sempre recebeu a gente de braços abertos. Tem até morador que fica chateado se não pendurar o quadro na fachada da casa dele. Eles se sentem valorizados”, destaca Hely.
O coordenador vê o encerramento do "tour artístico" no museu como uma ação democrática. "Quem não viu dentro das vilas, pode ver agora. A única diferença é que nos becos as paredes compõem a obra", diz.
SERVIÇO
'Arte favela'
Até sexta-feira, 19, no Museu Inimá de Paula (Rua da Bahia, 1201, Centro).