“Os dois têm um poder de improvisação absurdo. As pessoas conversam com eles em cena. Eles descem na plateia. O público é o mar e os atores são a areia. É um ‘besteirolzão’, como há muito tempo a gente não montava”, diz Canguçu. Já teve até quem voltou de Guarapari um dia antes do espetáculo e levou conchinhas para Agnaldo e Cleusa de presente. A espectadora não teve escapatória durante toda a encenação.
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A comédia, um espetáculo novo de sucesso, segue tendência contrária de outras peças da campanha. Segundo o diretor, de um modo geral, o público do evento caiu. “A crise chega para todo mundo, inclusive para a gente do teatro”, diz. A retomada do carnaval de rua de BH também é apontada como outro fator determinante na queda no número de espectadores. “Anos atrás, o carnaval de BH era muito fraco. Os espetáculos faziam temporadas durante a folia e ficavam lotados. Hoje, o Centro da cidade está todo fechado. Os produtores recuaram porque o carnaval está forte”, explica Canguçu.
O diretor prevê que o público da 42ª Campanha deve ficar no mesmo patamar do ano passado. Nas primeiras seis semanas foram 202.249 espectadores. “O que acho uma vitória”, considera. Além de grandes talentos do teatro mineiro, como Canguçu e Ilvio na direção, a comédia foi escrita por Ronaldo Ciambroni, autor de Acredite, um espírito baixou em mim. Os atores Guilherme Oliveira, de Lisbela e o prisioneiro, Homem é tudo igual. Será? e Foi bom, meu bem? e Kayete, da Rádio BH FM, protagonizam o casal em cena.
Serviço
Guara-pa-rir
Hoje, às 21h, no Cine Theatro Brasil Vallourec (Praça Sete, Rua dos Carijós, 258, Centro). Ingressos a R$ 40 (inteira) na bilheteria e R$ 15 nos postos da campanha. Informações: (31) 3016-4706. www.sinparc.com.br