Autora premiada com o Camões em 2005, Lygia Fagundes Telles é candidata pela União Brasileira de Escritores (UBE) a uma indicação ao Nobel de Literatura deste ano.
Para Durval de Noronha Goyos, presidente da UBE, Lygia é "a maior escritora brasileira viva e a qualidade de sua produção literária é inquestionável”. Vencedora de três prêmios Jabuti e membro da Academia Brasileira de Letras desde 1985, Telles estreou como contista 1938, aos 15 anos, com Porão e sobrado, seguido por outra obra do mesmo gênero, Praia viva, em 1944. O primeiro romance, Ciranda de pedra (1954), é apontado ainda hoje como sua obra-prima.
No fim do ano passado, Lygia venceu o Prêmio Fundação Conrado Wessel 2015 na categoria Cultura e ganhou R$ 300 mil. A cerimônia de entrega deve ocorrer ainda neste semestre. Em novembro, ela foi homenageada durante o Encontro Mundial de Invenção Literária, em sessão da Academia Paulista de Letras e causou comoção ao dizer que sua luta foi "heroica e desesperada". Lygia Fagundes Telles fez história ao se tornar uma das primeiras mulheres a estudar Direito no Largo São Francisco.
Vencedora
No ano passado, também por indicação da UBE, o historiador e cientista político Moniz Bandeira foi o representante do Brasil junto à Academia do Prêmio Nobel. A jornalista bielorrussa Svetlana Alexijevich conquistou a honraria, tornando-se a 12ª mulher laureada na história da premiação.
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