

De acordo com o secretário de estado da Cultura, Angelo Oswaldo, o fomento cultural via editais é uma maneira de democratizar o acesso ao incentivo e espalhar ainda mais os recursos. “Eles contemplam todas as regiões de Minas Gerais. Há uma expectativa muito grande de que possamos consolidar a política de editais e premiações”, afirma. Segundo ele, não está previsto nenhum corte ou mudança no quadro de pessoal na pasta para 2016.
Convidado a falar em nome dos artistas, Xisto José Pinto da Costa, um dos fundadores do grupo Circovolante, de Mariana, ressaltou a importância de se criar alternativas para o incentivo à cultura em Minas Gerais. Para ele, o mecanismo de renúncia fiscal, que nos últimos 20 anos tem sido usado para viabilizar a produção cultural, já se mostra incapaz de fomentar a diversidade de manifestações artísticas.
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O Teatro Espanca! está entre os agraciados na categoria manutenção de espaços cênicos, com o prêmio de R$ 40 mil. Para Gustavo Bones, integrante da companhia, apesar de importante, a política de prêmios é sempre questionável. “Porque é sempre muito cruel colocar essa competição disfarçada entre nós”, avalia. Ele defende a busca de outras formas capazes de subvencionar a cultura.
“Entendo que há um esforço para aumentar os prêmios, viabilizar a resistência desses trabalhos, mas acho que estamos precisando de uma energia nova, de ousar na política cultural e tentar outros formatos”, propõe.
O coreógrafo Mário Nascimento teve aprovado projeto para circulação de um espetáculo de sua companhia. Ele também questiona a aposta em uma política baseada em editais. “Todos os prêmios têm que ser melhorados. Esse é baixo, mas existe. Só este fato já abre caminhos, mas precisamos de uma lei de incentivo à cultura aperfeiçoada”, afirma.