Belo Horizonte, que acaba de completar 118 anos, é a "musa" da filósofa Maria de Lourdes Caldas Gouveia, que dedicou a série de livros 'Matéria da Memória – A cidade e seus símbolos' à capital mineira. Depois de se voltar para a Praça da Liberdade, a autora lança agora o segundo volume, dedicado ao Cemitério do Bonfim. A noite de autógrafos será nesta quarta-feira, às 19h30, na Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia, 1.466, Lourdes).
Com fotos de Webert Debarry e impressionante "panorâmica" feita em drone pelo Studio Cerri, a obra se volta para o primeiro cemitério construído na primeira cidade planejada brasileira, conhecido por reproduzir, como um espelho, a BH erguida no fim do século 19.
Além de seu traçado regular, tal e qual os quarteirões da área cercada pela Avenida do Contorno, Bonfim abriga túmulos que são verdadeiras obras de arte, cujas esculturas foram criadas por Antonio Folini, Augusto Natali, Alfeu Martini, Giulio Starace, Gaetano Impelliziere, Bruno Giorgi, Jeanne Louise Milde, José Scarlati, João Amadeu Mucchiut, João Scuotto e José Scarlatelli, entre outros.
Ao abordar a rica "galeria de arte" da "cidade dos mortos", a autora analisa detidamente jazigos que guardam os restos mortais dos governadores Raul Soares, Olegário Maciel e Silviano Brandão, entre outros. Em 2016, Maria de Lourdes planeja lançar um livro sobre a Praça da Liberdade.
O Cemitério do Bonfim como símbolo da cidade tem 111 páginas e é um projeto em parceria com a Akala. Informações: (31) 98855-7537 e www.akala.org.br.