“Não tenho interesse em costurá-las. As cenas são potentes separadamente. Nossa vontade é colocar uma do lado da outra para ver como funcionam juntas”, explica Alexandre. Três espetáculos distintos se abrigam debaixo do mesmo guarda-chuva para discutir questões caras aos negros.
Cada peça foi desenvolvida em um contexto distinto. O que não vaza é pele é uma performance que responde ao racismo sofrido pelo próprio Alexandre em Blumenau (SC), há dois anos. Não conte comigo para proliferar mentiras (2014) critica as normatizações sociais. Já Rolezinho (2015) fala sobre a visibilidade dos negros.
CENAS CURTAS
O que não vaza é pele. Não conte comigo para proliferar mentiras. Rolezinho. Sábado, às 20h; domingo, às 19h. Funarte MG, Rua Januária, 68, Floresta, (31) 3213-3084. R$10 (inteira) e R$5 (meia).
Uma reflexão sobre o teatro negro contemporâneo e, sobretudo, como poetizar o dia a dia dos afrodescendentes. É assim que o ator e diretor Alexandre de Sena define as ideias que deram origem às cenas curtas O que não vaza é pele (2012), Não conte comigo para proliferar mentiras (2014) e Rolezinho (2015). Pela primeira vez, os espetáculos serão apresentados em sequência e poderão ser conferidos na sede da Funarte MG.