O livro do autor de Por quem os sinos dobram está voando das prateleiras das livrarias parisienses. Exemplares foram colocados entre flores e velas diante da fachada atingida por balas de um dos bares atingidos pelos terroristas. O livro também é encontrado diante da casa de shows Bataclan, centro da chacina que deixou 129 mortos e 352 feridos. Durante o minuto de silêncio em homenagem às vítimas na última segunda-feira, inúmeras pessoas seguravam um exemplar nas mãos.
Paris é uma festa era, nesta quarta-feira, o mais vendido da seção de biografias do site Amazon. A obra está atualmente em falta no estoque da gigante americana da distribuição online. Em geral, os livreiros vendem 10 exemplares da obra de Hemingway por dia. "Neste momento, são 500", contou David Ducreux, assessor de imprensa da editora Folio, que publica o romance. Enquanto 8.000 exemplares de "Paris é uma festa" são vendidos em média anualmente, a editora previu um reimpressão de 15.000 exemplares do livro.
Paris é uma festa pode ser descrito como uma homenagem a uma cidade, aquela dos anos 1920, vibrante de cultura. É possível cruzar com artistas que frequentavam à época o bairro de Montparnasse, além de encontrarmos com a colecionadora Gertrude Stein, o poeta Ezra Pound, o escritor James Joyce. "Essa era a Paris da nossa juventude, onde éramos muito pobres e muito felizes", escreve Hemingway.
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