A obra parece ser um conto de fadas estilo Disney: a princesa deveria se casar com o príncipe do reino vizinho. Os preparativos do casamento vão bem até que nos preparativos do casamento, a princesa se apaixona pela costureira que vai confeccionar seu vestido de noiva! A princesa luta para conquistar seu direito de amar outra mulher e para isso, contou com a ajuda do seu irmão, do príncipe e da sua Fada Madrinha. E o fim é o esperado: elas vivem felizes para sempre.
O livro foi escrito em 2009 e recusado por quase 20 editoras. Somente no ano passado, quando Janaína estava abridno mão deste lançamento, a editora Metanóia aceitou o projeto. No entanto, o acordo definia que a própria escritora deveria providenciar as ilustrações da história. A escritora, então, deu início a um financiamento coletivo para arrecadar o dinheiro para admitir uma ilustradora.
Em entrevista ao HuffPost Brasil, a autora disse que a intenção era fazer as pessoas reconhecerem que há espaço para todos na literatura. "Temos uma determinada referência do que é um relacionamento bem-sucedido. Mas quando havia a necessidade de conversar com pré-adolescentes sobre relacionamentos de pessoas do mesmo sexo, era um grande desafio. Não havia um referencial, um imaginário anterior, e representatividade importa. Então a ideia era essa: fazer um conto de fadas em que as pessoas pudessem se reconhecer".
A repercussão de A princesa e a costureira está sendo enorme e Janaína tem recebido muitas mensagens positivas, mas também está sendo alvo de haters. "Tem tanto coisas risíveis quando ameaças, e isso é muito ruim. Mas significa que estamos incomodando os reacionários, e isso é importante. E tenho recebido muito apoio de pessoas dizendo que estão comigo, que isso faria muita diferença se elas pudessem ter lido o livro quando eram jovens. Isso dilui todo o veneno", desabafou. A princesa e a costureira sai da gráfica no dia 20, mas já está em pré-venda e vai ser lançado dia 26 de novembro.