Questionada sobre a obra favorita - e pouco após elogiar a biografia de Stephen Hawking -, a garota de 18 anos, um dos principais ícones contemporâneos pelos direitos das mulheres, responde, sem justificar: "O alquimista, de Paulo Coelho". Ela já havia falado sobre o interesse pelo romance em entrevistas e na biografia Eu sou Malala (Companhia das Letras, R$ 34,90), escrita em parceria com a jornalista britânica Christina Lamb, na qual o longa-metragem é baseado.
"Alguém me deu um exemplar de O alquimista, de Paulo Coelho, uma fábula sobre um jovem pastor que viaja às pirâmides do Egito em busca de um tesouro - que o tempo todo estivera em sua casa. Adorei o livro, e o li várias vezes. 'Quando você quer alguma coisa, todo o Universo conspira para a realização de seu desejo', escreve o autor. Penso que ele nem conhece o Talibã, nem nossos ineficazes políticos”, conta, no livro.
Malala Yousafzai ficou conhecida a partir de um blog escrito para a rede BBC, no qual narrava a situação do Vale de Swat, no Paquistão, durante a ocupação talibã, especialmente as dificuldades enfrentadas pelas mulheres e a luta dela para ter o direito de frequentar a escola, temas bastante delicados na região.
Inicialmente protegida sob um pseudônimo, ela acabou por assumir a identidade e concedeu várias entrevistas. A história da ativista pelos direitos femininos chocou o mundo em 2012, quando foi atingida por três tiros disparados por um membro do Talibã, um deles na cabeça.
Ameaçada de morte, Malala se mudou para Birmingham, na Inglaterra, onde foi tratada e continua a luta pelos direitos das mulheres. Malala já ganhou diversos prêmios e foi homenageada por instituições, ativistas, governos e artistas de vários lugares do mundo.
.