Desta sexta (06) até o dia 29 de novembro a companhia ocupará o Galpão Cine Horto com exposição de acervo, seminários, oficinas e, claro, os espetáculos. Voltarão ao cartaz três peças dirigidas pelo parceiro fiel, o diretor Eid Ribeiro. São elas as montagens para adultos, Thácht (2014), No Pirex (2009) e a infantil De banda pra lua (2007).
“Houve uma época em que falávamos muito sobre a nossa multiplicidade de linguagens. Hoje sabemos que construímos algo próprio”, sintetiza Tina Dias. O Armatrux foi fundado em Belo Horizonte por Paula Manata, Paulo Sérgio Cavalcanti, Ricardo Macedo, Inês Gastelois e pelo diretor e bonequeiro Paulinho Polika. A primeira montagem foi Acorda Aderbal, criada para a rua com recursos circenses e teatro de bonecos.
Tina Dias se lembra do dia em que viu o espetáculo pela primeira vez. “Eu era da dança e achei o grupo o máximo. Passou um tempo e me chamaram para um espetáculo”, lembra. De convidada passou a integrante. O grupo hoje é formado por ela, Paula Manata, Tina Dias, Raquel Pedras, Eduardo Machado, Cristiano Oliveira e Rogério Araújo. “Construímos uma estética que passa pelo teatro físico, a manipulação de bonecos, objetos e imagens. Um coletivo é isso: a gente vive do desejo de vários”, define Tina.
O trabalho do Armatrux ainda tem uma boa parcela de artesanal. São os próprios atores que assumem desde a gestão da empresa passando até pela construção de cenários. Ao longo dos 25 anos foram 19 espetáculos e um público estimado de 500 mil pessoas. O Armatrux passou por todos os Estados Brasileiros e se apresentou em mais de 50 cidades do interior do Estado de Minas Gerais.
O infantil De banda pra lua venceu prêmios importantes como o 1º Prêmio de Dramaturgia Infanto-Juvenil de Minas Gerais/2005, 1º e o 2º Prêmio “Cena Minas” em 2007 e 2008. É a história de dois caipiras apaixonados pela lua e seus mistérios. A peça será apresentada aos domingos, dias 08, 15 e 22 de novembro, sempre às 11h.
Embora radicalidade de linguagem sempre tenha feito parte da trajetória do Armatrux, em No pirex a experimentação foi mais radical. A montagem dispensa a palavra para narrar o encontro de cinco personagens grotescos e surreais em torno da mesa de um restaurante. O espetáculo foi vencedor, em 2011, do Prêmio Sinparc de melhor direção e melhor iluminação.
Para Tina Dias, o maior desafio enfrentado hoje pelo grupo é a gestão. “Teatro é muito artesanal.
Em 2008 o grupo inaugurou a cumeeira da C.A.S.A (Centro de Artes Suspensa e Armatrux), o centro cultural construído em parceria com Cia Suspensa na região do Vale do Sol, em Nova Lima. Os anos seguintes foram de construção. “É a nossa maior alegria”, diz Tina Dias.
ARMATRUX 25 ANOS – Temporada comemorativa.
De 6 a 29 de novembro. Galpão Cine Horto. Rua Pitangui, 3.613, Horto, (31) 3481-5580. Espetáculos: Thácht, de 06 a 29 de novembro, Sexta e sábado, 21h, Domingo, 20h; De banda pra lua, dias 8, 15, 22 de novembro, domingo às 11h; No pirex, 18, 19 de novembro, Quarta e quinta, às 21h. Ingressos: R$ 20 (inteira. .