O artista dissidente chinês Ai Weiwei anunciou ontem que instalará pontos de doação de peças de Lego, após acusar a empresa dinamarquesa de se negar a atender um pedido feito por ele devido às suas motivações políticas. O jogo infantil foi envolvido em uma controvérsia nas redes sociais quando Ai denunciou que a Lego se negou a enviar um pedido porque a empresa “não pode aprovar a utilização (de suas peças) para fins políticos”.
Em sua conta no Instagram, o artista disse que anunciará em breve “pontos de coleta em diferentes cidades” a fim de conseguir as peças. Embora seja muito crítico ao governo, a tensão envolvendo Ai e Pequim parece ter diminuído nos últimos tempos.
O artista já havia utilizado esse jogo para construir retratos de ativistas políticos de todo o mundo para uma exposição na prisão de Alcatraz (EUA), no ano passado, e pretendia criar uma obra similar para uma mostra na Austrália.
“Ai Weiwei decidiu fazer uma nova obra para defender a liberdade de expressão e a ‘arte política’”, afirmou em sua conta do Instagram. Vários seguidores expressaram on-line sua disposição de doar suas peças de Lego.
Ai também lembrou que a companhia britânica Merlin Entertainments, dona e gestora dos parques temáticos Legoland, havia anunciado seu desejo de construir uma sede em Xangai na semana passada, por ocasião da visita oficial do presidente chinês, Xi Jinping, ao Reino Unido.
A casa matriz da Lego, Kirkbi, tem uma participação de 30% na Merlin.
PRINCÍPIO A companhia dinamarquesa declarou ao jornal britânico The Guardian: “Ao ser uma empresa dedicada a fornecer grandes experiências lúdicas e criativas às crianças, rejeitamos – globalmente – nos comprometer ou apoiar de maneira ativa a utilização de peças de Lego em projetos ou contextos políticos. Este princípio não é novo”.
A atitude de Ai foi criticada em texto opinativo do Guardian em sua seção de Cultura. Após citar que o artista chinês classificou a recusa da Lego como “censura e discriminação” por parte de “um cultural e politicamente influente ator da economia global com valores questionáveis”, Jonathan Jones escreveu: “Estou chocado com o fato de que alguém que experimentou o que é ser oprimido por um regime autoritário, que ficou 81 dias preso sem uma acusação formal e que documentou abusos reais e homicidas provocados pela falta de democracia de seu país possa ser tão ligeiro a ponto de confundir um desajeitado gesto de relações- públicas com censura de fato”.
Em sua conta no Instagram, o artista disse que anunciará em breve “pontos de coleta em diferentes cidades” a fim de conseguir as peças. Embora seja muito crítico ao governo, a tensão envolvendo Ai e Pequim parece ter diminuído nos últimos tempos.
O artista já havia utilizado esse jogo para construir retratos de ativistas políticos de todo o mundo para uma exposição na prisão de Alcatraz (EUA), no ano passado, e pretendia criar uma obra similar para uma mostra na Austrália.
“Ai Weiwei decidiu fazer uma nova obra para defender a liberdade de expressão e a ‘arte política’”, afirmou em sua conta do Instagram. Vários seguidores expressaram on-line sua disposição de doar suas peças de Lego.
Ai também lembrou que a companhia britânica Merlin Entertainments, dona e gestora dos parques temáticos Legoland, havia anunciado seu desejo de construir uma sede em Xangai na semana passada, por ocasião da visita oficial do presidente chinês, Xi Jinping, ao Reino Unido.
A casa matriz da Lego, Kirkbi, tem uma participação de 30% na Merlin.
PRINCÍPIO A companhia dinamarquesa declarou ao jornal britânico The Guardian: “Ao ser uma empresa dedicada a fornecer grandes experiências lúdicas e criativas às crianças, rejeitamos – globalmente – nos comprometer ou apoiar de maneira ativa a utilização de peças de Lego em projetos ou contextos políticos. Este princípio não é novo”.
A atitude de Ai foi criticada em texto opinativo do Guardian em sua seção de Cultura. Após citar que o artista chinês classificou a recusa da Lego como “censura e discriminação” por parte de “um cultural e politicamente influente ator da economia global com valores questionáveis”, Jonathan Jones escreveu: “Estou chocado com o fato de que alguém que experimentou o que é ser oprimido por um regime autoritário, que ficou 81 dias preso sem uma acusação formal e que documentou abusos reais e homicidas provocados pela falta de democracia de seu país possa ser tão ligeiro a ponto de confundir um desajeitado gesto de relações- públicas com censura de fato”.