
Os diretores teatrais Eduardo Moreira e Diego Bagagal anunciaram nesta quarta-feira (14/10) seu desligamento da curadoria do Festival Internacional de Teatro Palco e Rua de Belo Horizonte, o FIT-BH. Moreira e Bagagal, junto com o também diretor Walmir José, foram escolhidos em janeiro passado pela Fundação Municipal de Cultura, realizadora do festival, para compor a curadoria. Cabia a eles colaborar na definição das diretrizes para a edição 2016 do FIT, que é bienal, assim como selecionar os espetáculos a serem apresentados. Walmir José permanece no cargo.
A dupla de curadores que deixa o cargo divulgou uma carta à imprensa, em que cita como principal motivo para sua decisão a falta de sintonia entre as solicitações da curadoria e a produção do festival. “Acreditamos que (se) tornou muito difícil o trabalho em equipe”, afirmam. A diretoria de artes cênicas da Fundação Municipal de Cultura, que coordena o FIT, não retornou o contato da reportagem.

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De acordo com o documento, foram feitas pelos curadores sete viagens, entre elas internacionais para países como França, Escócia, Inglaterra e Portugal. Foi entregue à produção uma lista com 23 montagens do exterior, 11 nacionais e duas coproduções. “Na grande maioria dos contatos, propusemos sempre atividades de diálogo com os artistas e grupos de Belo Horizonte. Consideramos que as viagens foram estratégicas para podermos construir um programa amplo, que abarca os cinco continentes, coerente com os ideais da curadoria e com uma visão de troca e de formação que está além da vitrine de apresentação de espetáculos”, explicam.
Eles também propõem a realização da Casa FIT, um espaço dedicado aações de formação e exposições de artistas homenageados. Foram sugeridos os nomes de Teuda Bara e Jota D’Angelo, de Belo Horizonte, e também os de Augusto Boal (1931-2009) e Judith Malina (1926-2015), fundadora do The Living Theatre.