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Durante 23 anos, Claudia trabalhou na Abril, maior editora de revistas do país. Por quase uma década, foi a executiva responsável por quatro dezenas de títulos. Até que um dia aconteceu o pesadelo. No dia 25 de agosto do ano passado, Claudia foi demitida. Pega de surpresa, sentiu uma dor até então inimaginável para ela. “Era a dor de perder algo que eu amava, a dor de ter sido rejeitada. O engraçado é que, pouco tempo antes, no dia 13, eu estava em São Paulo aguardando uma palestra do candidato a presidente Eduardo Campos e tive uma espécie de premonição: o que eu faria se por acaso perdesse o emprego? E aí fui me planejando caso isso se concretizasse. Infelizmente, meu insight acabou se concretizando.”
Para aplacar a sensação de perda, Claudia criou o blog 'A vida sem crachá' para contar sua experiência. Nele, confessou, entre outras coisas, que a demissão foi como se lhe tivessem arrancado a pele. Escrever, para ela, foi uma catarse. Seus textos acabaram chamando a atenção de uma editora. “Sempre fui muito discreta. Sou do tempo em que jornalista nem assinava matéria. Com essa história do blog, me expus mesmo. E falo dessa demissão de uma maneira muito transparente. Dei minha cara a tapa. É um assunto sobre o qual as pessoas têm muito pudor e vergonha de falar. Apesar de ser uma coisa íntima e pessoal, muita gente se identificou, porque é algo a que qualquer um está sujeito, ainda mais nos dias de hoje”, diz a autora, que mantém o blog e comanda uma pousada na Bahia.
'A vida sem crachá' tem lançamento marcado para o próximo dia 25, quando se completa um ano da demissão de Claudia. Claudia diz que, no livro, procurou mostrar a possibilidade de se reinventar após um revés e ressaltar a importância de se ter um plano B. “É uma rotina bem distinta da que eu levava e eu era muito feliz. Evito preconizar que a vida sem crachá é só alegria e luxúria. Ela é simplesmente diferente”, afirma.
"O Brasil não é tão ruim como se pinta"
A professora Lidia Santos já havia publicado livros de contos e acadêmicos, tendo recebido prêmios por eles. Um escorregão em uma das avenidas mais conhecidas de Nova York, a Park Avenue, a fez quebrar o tornozelo. E esse foi o ponto de partida para a autora se dedicar à experiência de escrever sobre si mesma.
Para se locomover pela cidade após a cirurgia, sua ortopedista indicou um knee walker (espécie de patinete), que a fez descobrir uma Big Apple nunca imaginada. Apesar dos percalços, Lidia levava essa “aventura” com bom humor e vez por outra a relatava aos amigos e parentes no Brasil (via e-mail).
Era o primórdio de 'Diários da patinete – Sem um pé em Nova Iorque', que ela lança no próximo sábado em BH. “Esse livro me deu muita alegria. Ele me libertou de uma certa solenidade no ato de escrever. Percebi que era possível eu me divertir e fazer o leitor se divertir também”, diz.
Com ilustrações de Bruno Liberati, o livro também mostra que, apesar de Lidia estar numa cidade de primeiro mundo, ela teve que se virar. “As pessoas têm essa ideia de que tudo é perfeito no exterior, e a coisa não é bem assim. Cheguei a cair em muitos buracos nas calçadas de Nova York e me desesperava toda vez que via um degrau. Quando a gente mora no lugar, é obrigada a ver que ali também tem problemas. E essa é uma das intenções do meu 'Diário'. O Brasil não é tão ruim como se pinta”, diz.
'Diários da Patinete – sem um Pé em Nova Iorque'
>> Autora: Lidia V. Santos.
>> Ilustrações de Bruno Liberati.
>> Editora: Texto Território
>> Preço: R$ 45
>> Pág.: 155
>> Lançamento dia 22/8, às 11h, na Quixote Livraria (Rua Fernandes Tourinho, 274, Savassi). Entrada franca. Informações: (31) 3227-3077
'A vida sem crachá'
>> Autora: Claudia Giudice
>> Editora Agir
>> Preço: R$ 24,90
>> Págs: 190
>> Lançamento: 25/8, em São Paulo