O pintor Carlos Carretero teve seu ateliê invadido e suas pinturas pichadas em janeiro deste ano. Ele protestou, mas também restaurou as telas, deixando apenas duas com as pichações. As obras pichadas, ao lado de mais de duas dezenas de outras, produzidas entre 2013 e 2015, estão na exposição que Carretero apresenta no Espaço Cultural do jornal Estado de Minas até o próximo dia 21. São figuras humanas e paisagens. Pinturas de pinceladas livres e cores fortes, tentando, conforme explica o artista, capturar o sentido do momento em que foram realizadas. Trata-se de uma reunião de trabalhos avulsos, sem compromisso com unidade, temas e títulos. As figuras retratam mulheres associadas ao tema do vinho. E imagens de São Jorge sobre mapa antigo do Brasil, com referência à luta contra a corrupção. Há ainda um Cristo crucificado de cabeça para baixo, com a frase “Mais amor e menos crack”, uma das pichações feitas sobre as telas de Carretero. “Achei que o texto se adequa ao espírito da obra”, observa o artista. Acrescente-se uma visão irônica de Adão e Eva, substituindo a maçã por cidra, um espumante feito a partir de fermentação da fruta.
As paisagens, conta, são imagens feitas de lembrança, evocando Granada (Espanha), sua cidade natal, ou as montanhas de Minas Gerais. “É pintura impulsiva, fortemente visual, devido às cores, hoje mais fortes, e às pinceladas soltas”, explica Carretero.
Também cultivam-se em suas obras os valores da composição e da movimentação dos personagens. A defesa de uma pintura que retenha o momento em que foi realizada – momento “que não se repete”, frisa o artista – não o impede de produzir também obras que são fruto de várias sessões de pintura, algo proporcionado pela convivência com suas telas no ateliê. “Fico olhando (para as obras), começo a sentir que o que foi realizado não me satisfaz e acabo mexendo nelas”, explica. “Mas prefiro os trabalhos mais impulsivos. Carregam de forma melhor o momento que foram concebidos, que é o que uma pessoa consegue passar para o quadro.”
Carlos Carretero tem 67 anos, vive e trabalha em Belo Horizonte desde 1971. Veio visitar o pai, junto do irmão fotógrafo, e acabou ficando na cidade. Ele é filho de Angel Carretero, que fez pinturas para a igreja de Santo Agostinho – mais tarde apagadas, restando hoje apenas uma imagem no batistério do templo e uma expulsão de Adão e Eva do paraíso.
Carretero conheceu a pintura vendo o pai trabalhar. Aos 13 anos, participou de concursos e ganhou prêmios, sendo um deles uma bolsa de estudos para frequentar a Escola de Artes e Ofícios de Granada. Aos 16 anos, em Barcelona, frequentou as oficinas do Círculo Artístico de São Lucas, exercitando o desenho de observação. “A pintura é uma forma de expressão. A minha forma de comunicação é a pintura”, afirma.
Carlos Carretero
Pinturas. Espaço Cultural do jornal Estado de Minas (Avenida Getúlio Vargas, 291). Das 10h às 19h. Até dia 21 de agosto. Entrada franca.
As paisagens, conta, são imagens feitas de lembrança, evocando Granada (Espanha), sua cidade natal, ou as montanhas de Minas Gerais. “É pintura impulsiva, fortemente visual, devido às cores, hoje mais fortes, e às pinceladas soltas”, explica Carretero.
Também cultivam-se em suas obras os valores da composição e da movimentação dos personagens. A defesa de uma pintura que retenha o momento em que foi realizada – momento “que não se repete”, frisa o artista – não o impede de produzir também obras que são fruto de várias sessões de pintura, algo proporcionado pela convivência com suas telas no ateliê. “Fico olhando (para as obras), começo a sentir que o que foi realizado não me satisfaz e acabo mexendo nelas”, explica. “Mas prefiro os trabalhos mais impulsivos. Carregam de forma melhor o momento que foram concebidos, que é o que uma pessoa consegue passar para o quadro.”
Carlos Carretero tem 67 anos, vive e trabalha em Belo Horizonte desde 1971. Veio visitar o pai, junto do irmão fotógrafo, e acabou ficando na cidade. Ele é filho de Angel Carretero, que fez pinturas para a igreja de Santo Agostinho – mais tarde apagadas, restando hoje apenas uma imagem no batistério do templo e uma expulsão de Adão e Eva do paraíso.
Carretero conheceu a pintura vendo o pai trabalhar. Aos 13 anos, participou de concursos e ganhou prêmios, sendo um deles uma bolsa de estudos para frequentar a Escola de Artes e Ofícios de Granada. Aos 16 anos, em Barcelona, frequentou as oficinas do Círculo Artístico de São Lucas, exercitando o desenho de observação. “A pintura é uma forma de expressão. A minha forma de comunicação é a pintura”, afirma.
Carlos Carretero
Pinturas. Espaço Cultural do jornal Estado de Minas (Avenida Getúlio Vargas, 291). Das 10h às 19h. Até dia 21 de agosto. Entrada franca.