A mostra enfoca o paradoxo escassez/desperdício, considerando aspectos como recursos naturais, urbanização, cadeias produtivas, poluição, descarte de resíduos e objetos. As fotos estão agrupadas em quatro salas temáticas: Planeta sob pressão, Nossa pegada, Desperdício de alimentos, e Moldando nosso futuro. O fotógrafo italiano Stefano De Luigi, que ficou em terceiro lugar na categoria Aberto, estará em Belo Horizonte no próximo dia 11. Ele faz palestra gratuita, com mediação de Iatã Cannabrava. O último, também fotógrafo, foi jurado da segunda edição do prêmio, que contou com inscrições de mais de 2.000 fotógrafos de todo o mundo, entre profissionais e amadores.
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Um limite das fotos, para Cannabrava, são as imagens se concentrarem no tema da escassez (e das populações pobres), dando pouca atenção ao desperdício (e ao contexto “da classe média para cima, que é o dos fotógrafos”). “Existe corresponsabilidade pelo que vivemos entre os dois elementos?”, indaga.
“A fotografia não vai mudar o mundo, mas pode colaborar com o processo de sensibilização e, assim, talvez, mudar alguma coisa a longo prazo”, acredita Cannabrava. Ele conta que a participação dos brasileiros no evento tem sido pequena e recomenda mais atenção ao Prêmio Syngenta de Fotografia. São oferecidos três prêmios em duas categorias: Profissionais (um deles financiamento para realização de um ensaio) e Aberto (essa para todos os interessados).
'Escassez Desperdício'
Coletiva de fotografia. A partir desta quarta, no Museu de Artes e Ofícios (MAO), Praça Rui Barbosa, 600, Centro, (31) 3248-8600. Terça e sexta-feira, das 12h às 19h; quarta e quinta-feiras, das 12h às 21h, sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h. Entrada franca. Até dia 23/8.