O escritor e dramaturgo Ariano Suassuna morreu há um ano, no Recife, em decorrência de um acidente vascular cerebral. Para marcar a data a família se reúne, nesta quinta-feira (23), em cerimônia religiosa privada. No domingo, às 9h, em São José do Belmonte, a 479 quilômetros do Recife, uma missa será realizada em homenagem ao "imperador" da Pedra do Reino.
Segundo o filho do autor, Dantas Suassuna, até o fim do ano será realizado um festival em homenagem aos 60 anos da obra Auto da Compadecida. "Vai ser uma mistura de várias expressões artísticas. Teatro, dança, cinema, tudo o que girar em torno da arte brasileira". O local ainda não definido, mas duas possibilidades são o Sítio da Trindade e o Centro do Recife.
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Na cidade de Aparecida, no Sertão paraibano, um casarão do século 17 tombado como patrimônio histórico vai abrigar o Museu Armorial dos Sertões. "Além da casa, há uma capela e um sobrado. É um lugar com muita história para ser contada. Frei Caneca passou uma temporada lá", acrescenta Dantas.
Dividido em módulos, o projeto vai contemplar, na primeira fase, a poesia de Ariano, gênero marcante do início da carreira do escritor. No local, ainda será feita uma releitura do monumento arqueológico Pedra do Ingá, cuja existência fascinava e influenciava a obra do imortal da Academia Brasileira de Letras. Ainda segundo Dantas Suassuna, no futuro será criada uma escola de artes toda baseada no legado de Ariano, com enfoque em teatro.