A coroa não leva em conta o amor. Matrimônios arranjados por interesses políticos, acertados como pactos entre famílias e nações, são regra no meio aristocrata. São igualmente habituais os relacionamentos extraconjugais, não raro bastante significativos do ponto de vista intelectual, haja vista a influência nas decisões do poder. Vinte minibiografias de cortesãs com status de monarcas foram reunidas pela historiadora Maria Pilar del Hierro em Rainhas na sombra - Amantes e cortesãs que mudaram a história (Versal, R$ 39). A obra percorre do século 14 ao 21 para revelar meandros da vida de 20 figuras femininas cujas habilidades residiam em controlar tudo a partir dos bastidores. Elas não eram só amantes, mas peças fundamentais na dinâmica das cortes das quais faziam parte, algumas vezes até nas relações diplomáticas com outros governos.
Dame de Beaté
Agnès Sorel (1422-1450)
Segundo o cronista Enguerrand de Monstrelet (1390-1453), era a “Dama da Beleza” “por causa da sua formosura e porque o rei lhe outorgou em forma vitalícia o castelo de Beauté”. Aos 20 anos, se tornou amante do rei da França Carlos VII, homem de 40 anos, pai de 12 filhos e pouco corpulento. Foi a primeira vez que um rei francês declarou publicamente uma relação extraconjugal. Dizia que queria ter Àgnes ao seu lado “na mesa, na cama e no conselho”.
A rainha dos venenos
Madame de Montespan (1640-1707)
Casada, Françoise Athénais de Mortemart, loura de olhos azuis e de inteligência notável, conquistou Luís XIV, rei da França. O marquês, ao descobrir o affair, tornou a informação pública com estardalhaço e foi preso. Ao lado do Rei Sol, ela reinou no Palácio de Versalhes. Foi descoberto que Monstespan consultava feiticeiras e utilizava venenos. Pretendia, inclusive, envenenar o rei. Foi perdoada, mas desprezada pelo monarca.
A “rainha” de Castela
Leonor de Guzmán (1310-1351)
Affair do rei Afonso XI de Castela, a castelhana era descrita pela majestade como “a mulher mais bem dotada do reino”. Possuía habilidades intelectuais e políticas, úteis ao papel de conselheira do rei. Tiveram vários filhos. A parceria a tornava bem mais influente do que a rainha, Maria de Portugal. Após a morte do amante, vítima de peste bubônica, acabou assassinada a mando da monarca.
A “cortesã honesta”
Verônica Franco (1546-1591)
Expoente na evolução do papel da mulher no Renascimento. Eram as “cortesãs honestas”, meretrizes que uniam à beleza e distinção uma cultura ampla e domínio das artes e letras. Tornavam-se companhias não só na hora do sexo, mas na mesa e na conversação. Em Veneza, o rei da França Henrique III recebeu do governo um “presente”: noite com Verônica, a mais bela, culta e refinada cidadã do município.
A lenda do Rei Barba Azul
Ana Bolena (1501-1536)
Com fama de sanguinário e cruel, Barba Azul, o inglês Henrique VIII, transformou uma das amantes, Ana Bolena, em esposa. Apaixonado, o rei encerrou o casamento com Catarina de Aragão. Grávida, Ana foi coroada rainha da Inglaterra. Quando tudo parecia se encaminhar para um final feliz, ela foi falsamente acusada de adultério, traição e incesto. Foi condenada à decapitação.
O amor vetado do Príncipe de Gales
Camilla Parker (n. 1947)
O casamento entre Charles, o herdeiro da coroa britânica, com Diana Spencer, Lady Di, ocorreu para assegurar a sucessão. A paixão dele aceitou calada. Camilla viveu relação de amor com o Príncipe de Gales, e ela o aconselhou a casar com Diana. O que a impedia de ser candidata ao trono era ser católica romana, Camilla rompeu com Charles em 1973 e casou-se com outro homem.
A amante polonesa de Napoleão
Maria Walewska (1786-1817)
Amante de Napoleão Bonaparte por quatro anos, foi a responsável direta para que a Polônia de convertesse no Grão Ducado de Varsóvia e pudesse escapar, temporariamente, da tirania de russos e prussianos. Tinha cabelos castanhos, atitudes nobres e um sorriso alvo de comentários. Fruto do relacionamento com Napoleão, nasceu Alexandre Joseph Colonna, conde Waleski.
Dame de Beaté
Agnès Sorel (1422-1450)
Segundo o cronista Enguerrand de Monstrelet (1390-1453), era a “Dama da Beleza” “por causa da sua formosura e porque o rei lhe outorgou em forma vitalícia o castelo de Beauté”. Aos 20 anos, se tornou amante do rei da França Carlos VII, homem de 40 anos, pai de 12 filhos e pouco corpulento. Foi a primeira vez que um rei francês declarou publicamente uma relação extraconjugal. Dizia que queria ter Àgnes ao seu lado “na mesa, na cama e no conselho”.
A rainha dos venenos
Madame de Montespan (1640-1707)
Casada, Françoise Athénais de Mortemart, loura de olhos azuis e de inteligência notável, conquistou Luís XIV, rei da França. O marquês, ao descobrir o affair, tornou a informação pública com estardalhaço e foi preso. Ao lado do Rei Sol, ela reinou no Palácio de Versalhes. Foi descoberto que Monstespan consultava feiticeiras e utilizava venenos. Pretendia, inclusive, envenenar o rei. Foi perdoada, mas desprezada pelo monarca.
A “rainha” de Castela
Leonor de Guzmán (1310-1351)
Affair do rei Afonso XI de Castela, a castelhana era descrita pela majestade como “a mulher mais bem dotada do reino”. Possuía habilidades intelectuais e políticas, úteis ao papel de conselheira do rei. Tiveram vários filhos. A parceria a tornava bem mais influente do que a rainha, Maria de Portugal. Após a morte do amante, vítima de peste bubônica, acabou assassinada a mando da monarca.
A “cortesã honesta”
Verônica Franco (1546-1591)
Expoente na evolução do papel da mulher no Renascimento. Eram as “cortesãs honestas”, meretrizes que uniam à beleza e distinção uma cultura ampla e domínio das artes e letras. Tornavam-se companhias não só na hora do sexo, mas na mesa e na conversação. Em Veneza, o rei da França Henrique III recebeu do governo um “presente”: noite com Verônica, a mais bela, culta e refinada cidadã do município.
A lenda do Rei Barba Azul
Ana Bolena (1501-1536)
Com fama de sanguinário e cruel, Barba Azul, o inglês Henrique VIII, transformou uma das amantes, Ana Bolena, em esposa. Apaixonado, o rei encerrou o casamento com Catarina de Aragão. Grávida, Ana foi coroada rainha da Inglaterra. Quando tudo parecia se encaminhar para um final feliz, ela foi falsamente acusada de adultério, traição e incesto. Foi condenada à decapitação.
O amor vetado do Príncipe de Gales
Camilla Parker (n. 1947)
O casamento entre Charles, o herdeiro da coroa britânica, com Diana Spencer, Lady Di, ocorreu para assegurar a sucessão. A paixão dele aceitou calada. Camilla viveu relação de amor com o Príncipe de Gales, e ela o aconselhou a casar com Diana. O que a impedia de ser candidata ao trono era ser católica romana, Camilla rompeu com Charles em 1973 e casou-se com outro homem.
A amante polonesa de Napoleão
Maria Walewska (1786-1817)
Amante de Napoleão Bonaparte por quatro anos, foi a responsável direta para que a Polônia de convertesse no Grão Ducado de Varsóvia e pudesse escapar, temporariamente, da tirania de russos e prussianos. Tinha cabelos castanhos, atitudes nobres e um sorriso alvo de comentários. Fruto do relacionamento com Napoleão, nasceu Alexandre Joseph Colonna, conde Waleski.