O ator e diretor de teatro Antônio Abujamra morreu na manhã desta terça-feira, 28, em sua casa em São Paulo. O fato foi comentado e lamentado por diversos colegas do teatro e da TV, e por amigos e familiares.
"Um grande amigo, uma pessoa com quem eu trabalhei muitas vezes. Fomos sócios no TBC, tocamos o teatro juntos. Outro dia mesmo ele estava começando um trabalho com o André, o filho dele. Uma pessoa muito amiga, uma pessoa inquieta, um artista sempre em busca de novidades, de caminhos novos, coisas que saíssem do lugar comum. Ele era uma anti-lugar comum.", disse o cineasta Ugo Giorgetti.
Para Iara Jamra, atriz e prima do ator, "ele foi um homem muito especial pra todos nós, vai deixar pro Brasil uma grande lembrança. Um homem forte, genial. Vai deixar uma parte da cultura desfalcada. Mas eu acho que ele vai em paz. Estava sofrendo muito com a morte da esposa no ano passado, então estava muito triste. Vai em paz e que gente guarde ele pra sempre. Foi um grande homem".
"Uma tristeza", foi assim que expressou Aderbal Freire-Filho, diretor teatral. "O Abujamra é o cara, ele participou e liderou a geração que mudou o teatro brasileiro. É da primeira geração de diretores brasileiros arrojados, inteligentes, cultos, inventivos. O Abu é o nosso mestre. Um grande mestre. Ele atravessa um período importante da história do teatro, esse período que vai de quando ele começa até agora, hoje. É um período de reinvenção do teatro, ele é um desses inventores. Ele simboliza um momento importante do teatro brasileiro".
História
Abujamra apresentava, desde 2000, o programa de entrevistas 'Provocações', na TV Cultura. "Agradecemos o carinho e apoio de todos que têm nos acompanhado ao longo desses 14 anos de programa", diz uma mensagem na página oficial do programa no Facebook.
Nascido em Ourinhos (SP), em setembro de 1932, Abujamra se formou em filosofia e jornalismo pela PUC do Rio Grande do Sul, onde iniciou sua carreira como diretor e crítico de teatro. Depois de uma temporada na Europa, estreia em São Paulo, em 1961 a peça Raízes, seu primeiro trabalho profissional na área.
Ainda nos anos 1960, funda o Grupo Decisão, para estudar e disseminar o teatro político de Bertolt Brecht, muda-se ao Rio e encena várias peças de sucesso, como O Inoportuno, Electra e As Criadas. Na década de 1970, após várias intervenções da ditadura nas suas peças, alia-se ao teatro de resistência, dirigindo o monólogo Muro de Arrimo, com Antônio Fagundes, entre outras montagens.
Em 1981, começa a se dedicar ao Teatro Brasileiro de Comédia, o TBC. Com a atriz Denise Stoklos, ele dirige 'Um Orgasmo Adulto Escapa do Zoológico', de Dario Fo, em 1984, que projeta a carreira internacional da atriz.
Aos 55 anos, Abujamra inicia sua carreira de ator em telenovelas e também no teatro - uma de suas participações significativas na teledramaturgia se dá em 1989, quando interpretou o bruxo Ravengar na novela 'Que Rei Sou Eu?', da Globo.
Durante os anos 1990, a frente do grupo de teatro Os Fodidos Privilegiados, no Rio, alcança definitivamente sucesso de público e crítica.
"Um grande amigo, uma pessoa com quem eu trabalhei muitas vezes. Fomos sócios no TBC, tocamos o teatro juntos. Outro dia mesmo ele estava começando um trabalho com o André, o filho dele. Uma pessoa muito amiga, uma pessoa inquieta, um artista sempre em busca de novidades, de caminhos novos, coisas que saíssem do lugar comum. Ele era uma anti-lugar comum.", disse o cineasta Ugo Giorgetti.
Para Iara Jamra, atriz e prima do ator, "ele foi um homem muito especial pra todos nós, vai deixar pro Brasil uma grande lembrança. Um homem forte, genial. Vai deixar uma parte da cultura desfalcada. Mas eu acho que ele vai em paz. Estava sofrendo muito com a morte da esposa no ano passado, então estava muito triste. Vai em paz e que gente guarde ele pra sempre. Foi um grande homem".
"Uma tristeza", foi assim que expressou Aderbal Freire-Filho, diretor teatral. "O Abujamra é o cara, ele participou e liderou a geração que mudou o teatro brasileiro. É da primeira geração de diretores brasileiros arrojados, inteligentes, cultos, inventivos. O Abu é o nosso mestre. Um grande mestre. Ele atravessa um período importante da história do teatro, esse período que vai de quando ele começa até agora, hoje. É um período de reinvenção do teatro, ele é um desses inventores. Ele simboliza um momento importante do teatro brasileiro".
História
Abujamra apresentava, desde 2000, o programa de entrevistas 'Provocações', na TV Cultura. "Agradecemos o carinho e apoio de todos que têm nos acompanhado ao longo desses 14 anos de programa", diz uma mensagem na página oficial do programa no Facebook.
Nascido em Ourinhos (SP), em setembro de 1932, Abujamra se formou em filosofia e jornalismo pela PUC do Rio Grande do Sul, onde iniciou sua carreira como diretor e crítico de teatro. Depois de uma temporada na Europa, estreia em São Paulo, em 1961 a peça Raízes, seu primeiro trabalho profissional na área.
Ainda nos anos 1960, funda o Grupo Decisão, para estudar e disseminar o teatro político de Bertolt Brecht, muda-se ao Rio e encena várias peças de sucesso, como O Inoportuno, Electra e As Criadas. Na década de 1970, após várias intervenções da ditadura nas suas peças, alia-se ao teatro de resistência, dirigindo o monólogo Muro de Arrimo, com Antônio Fagundes, entre outras montagens.
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Aos 55 anos, Abujamra inicia sua carreira de ator em telenovelas e também no teatro - uma de suas participações significativas na teledramaturgia se dá em 1989, quando interpretou o bruxo Ravengar na novela 'Que Rei Sou Eu?', da Globo.
Durante os anos 1990, a frente do grupo de teatro Os Fodidos Privilegiados, no Rio, alcança definitivamente sucesso de público e crítica.