Com a presença de dezenas de autores de todo o país, algumas desistências de última hora, como a dos escritores Éric Nepomuceno, José Castello, Lucília de Almeida Neves, Zuenir Ventura e Fernando Moraes, que por motivos diversos não puderam comparecer – e com uma presença de público até agora menor que nas versões anteriores -, prossegue até amanhã à tarde, em Ouro Preto, na Região Central de Minas, a 10ª edição do Fórum das Letras, com o tema "Escritas em transe".
Um os pontos altos do encontro, que mais tem despertado o interesse dos participantes - com a maioria das palestras sendo realizadas no Cine Vila Rica – estão sendo os debates em torno dos 50 anos do golpe de 1964, que implantou a ditadura no país. Para falar a respeito, entre outros, foram convidados professores e especialistas no assunto, como Heloisa Starling, Nilmário Miranda, ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Frei Betto, Audálio Dantas, Lira Neto, Almino Afonso e Paulo Markun, que acabou de lançar 'Na lei ou na marra, 1964-1968, brado retumbante 1', e 'Farol alto sobre as diretas, 1969-1984, brado retumbante 2'. Os livros, que saíram pela Editora Benvirá, estão sendo considerados o trabalho mais completo escrito até agora sobre o período militar, desde o seu começo em 1964, até o início do processo de redemocratização, com o movimento das Diretas Já!, no início da década de 1980.
Na programação de hoje, às 16h, ocorre o debate "Como criar o enredo de um romance?", com a participação dos escritores Luís Erlanger, Marc Meyers e o paranaense Rodrigo Garcia Lopes, que autografa o O trovador, lançado pela Editora Record. A mediação será de Tácia Camargo. Às 18h, outro debate: "Há limites entre a ficção e a realidade?", com a escritora espanhola Care Santos e os brasileiros Mário Hélio Gomes e Mário Prata, e mediação de Davi Pessoa. Ainda sobre o tema ditadura militar, às 20h, mais uma mesa redonda: "1964: Crônica de um golpe anunciado", com Audálio Dantas, Márcio José de Moraes, Paulo Markun e João Batista de Andrade, presidente do Memorial da América Latina. A mediação será do jornalista Ricardo Kotscho.
No último dia do Fórum, amanhã, às 12h, será a vez de 'Des/Aparecida', instalação nas ruas de Ouro Preto inspirada nos diários da prisão de Judith Malina, nos anos 1970, e nos autos do processo de Joana D´arc, seguida da 'Manifestação: Panist et Circences, cenas em transe'. Às 16h, haverá debate sobre o tema "Site, blogs e outras experiências literárias", com Clarice Freire, Marina Carvalho, Pedro Gabriel e Wagner Merije, com mediação de Nino Stutz, e, às 18h, a discussão versará sobre "Como publicar o primeiro livro", com os escritores Ovídio Poli Júnior e Júnia Carvalho, Raquel Naveira, e mediação e Ângela Xavier. Para a belo-horizontina Ana Sanches, representante comercial que veio passar o fim de semana em Ouro Preto, e está aproveitando para assistir a algumas palestras, a oportunidade está sendo muito boa. “Adoro ler, já comprei dois livros e gostei muito das coisas que Frei Betto falou sobre o período da ditadura”, disse. Também para o estudante Angelo Faria, da Universidade Federal de Viçosa, o encontro está sendo muito bom: “Ajuda a abrir a cabeça da gente”, disse, enquanto tomava um cafezinho com a namorada.
Informações sobre o Fórum das Letras: www.forumdasletras.ufo.br.
*O repórter viajou a convite do Fórum das Letras
Um os pontos altos do encontro, que mais tem despertado o interesse dos participantes - com a maioria das palestras sendo realizadas no Cine Vila Rica – estão sendo os debates em torno dos 50 anos do golpe de 1964, que implantou a ditadura no país. Para falar a respeito, entre outros, foram convidados professores e especialistas no assunto, como Heloisa Starling, Nilmário Miranda, ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Frei Betto, Audálio Dantas, Lira Neto, Almino Afonso e Paulo Markun, que acabou de lançar 'Na lei ou na marra, 1964-1968, brado retumbante 1', e 'Farol alto sobre as diretas, 1969-1984, brado retumbante 2'. Os livros, que saíram pela Editora Benvirá, estão sendo considerados o trabalho mais completo escrito até agora sobre o período militar, desde o seu começo em 1964, até o início do processo de redemocratização, com o movimento das Diretas Já!, no início da década de 1980.
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No último dia do Fórum, amanhã, às 12h, será a vez de 'Des/Aparecida', instalação nas ruas de Ouro Preto inspirada nos diários da prisão de Judith Malina, nos anos 1970, e nos autos do processo de Joana D´arc, seguida da 'Manifestação: Panist et Circences, cenas em transe'. Às 16h, haverá debate sobre o tema "Site, blogs e outras experiências literárias", com Clarice Freire, Marina Carvalho, Pedro Gabriel e Wagner Merije, com mediação de Nino Stutz, e, às 18h, a discussão versará sobre "Como publicar o primeiro livro", com os escritores Ovídio Poli Júnior e Júnia Carvalho, Raquel Naveira, e mediação e Ângela Xavier. Para a belo-horizontina Ana Sanches, representante comercial que veio passar o fim de semana em Ouro Preto, e está aproveitando para assistir a algumas palestras, a oportunidade está sendo muito boa. “Adoro ler, já comprei dois livros e gostei muito das coisas que Frei Betto falou sobre o período da ditadura”, disse. Também para o estudante Angelo Faria, da Universidade Federal de Viçosa, o encontro está sendo muito bom: “Ajuda a abrir a cabeça da gente”, disse, enquanto tomava um cafezinho com a namorada.
Informações sobre o Fórum das Letras: www.forumdasletras.ufo.br.
*O repórter viajou a convite do Fórum das Letras