O famoso romance de Franz Kafka 'A metamorfose' acaba de ser adaptado no Japão em uma original peça teatral que tem como protagonista um robô alto e magro. A adaptação futurista é fruto de uma parceria entre o famoso diretor Oriza Hirata e o especialista em robótica Hiroshi Ishiguro.
A peça, intitulada 'A metamorfose versão androide', vai estrear quinta-feira em Osaka (Japão) e, em seguida, fará uma turnê europeia que vai começar em novembro na França durante o Festival de Outono da Normandia. A obra de Kafka, publicada em 1915, tornou-se famosa por abordar temas como a alienação e o absurdo, mas agora entrará na era dos androides nesta nova adaptação com um robô de esqueleto metálico, rosto humanoide e mãos brancas.
"Procurei criar uma situação em que um robô conseguisse comover o público", disse Hirata. No romance de Kafka, o caixeiro-viajante Gregor Samsa acorda numa manhã transformado, inexplicavelmente, em um inseto repugnante, levando sua família a escondê-lo pelo sentimento de vergonha e desconforto que ele causa.
Hirata optou por encenar a obra com o robô e quatro atores franceses que retratam a família de Gregor Samsa, no caso da apresentação na França. O grupo, incluindo o robô, trabalhou na peça por um mês na remota cidade de Toyooka, no oeste do Japão. Alguns deverão encarar o robô como uma opção acertada para mostrar o tema do isolamento na sociedade do capitalismo moderno, expressa na obsessão tecnológica atual, quase cem anos depois da publicação do livro.
Ishiguro, diretor de um laboratório de robótica da Universidade de Osaka, é uma figura bem conhecida no Japão, e já havia trabalhado com Hirata em outras peças teatrais com robôs. Mas esta é a primeira vez que uma dessas obras será apresentada em outras línguas que não o japonês.
A peça, intitulada 'A metamorfose versão androide', vai estrear quinta-feira em Osaka (Japão) e, em seguida, fará uma turnê europeia que vai começar em novembro na França durante o Festival de Outono da Normandia. A obra de Kafka, publicada em 1915, tornou-se famosa por abordar temas como a alienação e o absurdo, mas agora entrará na era dos androides nesta nova adaptação com um robô de esqueleto metálico, rosto humanoide e mãos brancas.
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Ishiguro, diretor de um laboratório de robótica da Universidade de Osaka, é uma figura bem conhecida no Japão, e já havia trabalhado com Hirata em outras peças teatrais com robôs. Mas esta é a primeira vez que uma dessas obras será apresentada em outras línguas que não o japonês.