O que começou como uma simples oficina de teatro para as moradoras do Morro do Papagaio, em Belo Horizonte, tomou uma proporção pouco imaginada por todos os envolvidos. A estreia de 'Quando eu vim para um Belo Horizonte', esta noite para convidados, de certa forma oficializa o início da carreira como atrizes de Adeguimar de Jesus, Cruzelina de Oliveira, Du Carmo Fernandes, Geralda Santana, Lina Silva, Maria Geralda de Paula e Rosário Abreu. Detalhe: todas elas descobriram o teatro na maturidade.
O espetáculo dirigido por Nil César, do Grupo do Beco, transforma em dramaturgia passagens reais da vida das intérpretes. “O espetáculo é uma demanda delas mesmo. Circulamos em alguns espaços da cidade com algumas demonstrações e quando terminamos uma delas disse ‘agora somos artistas de qualquer jeito, queremos montar uma peça com cenário, figurino, trilha sonora’”, conta o diretor.
Nil César é quem assina o roteiro da montagem. O texto foi construído a partir do depoimento das atrizes. São memórias de quando se mudaram para Belo Horizonte e também relacionadas à posição da mulher na sociedade. 'Quando eu vim para um Belo Horizonte' fala sobre trabalho infantil, violência doméstica após o casamento, além de resgatar brincadeiras antigas com bonecas de pano, cantigas de roda e bolas de meia.
As atrizes participaram ativamente de todo o processo da montagem, inclusive na confecção do cenário e dos objetos de cena. “Fizeram fuxicos, forros de mesa de croché, pintura em latas de água e participaram ativamente de como seria o figurino”, conta Nil. A trilha sonora tem Meninas de Sinhá, Déa Trancoso e Rubinho do Vale entre outras cantigas de roda entoadas pelas intérpretes.
O espetáculo dirigido por Nil César, do Grupo do Beco, transforma em dramaturgia passagens reais da vida das intérpretes. “O espetáculo é uma demanda delas mesmo. Circulamos em alguns espaços da cidade com algumas demonstrações e quando terminamos uma delas disse ‘agora somos artistas de qualquer jeito, queremos montar uma peça com cenário, figurino, trilha sonora’”, conta o diretor.
Nil César é quem assina o roteiro da montagem. O texto foi construído a partir do depoimento das atrizes. São memórias de quando se mudaram para Belo Horizonte e também relacionadas à posição da mulher na sociedade. 'Quando eu vim para um Belo Horizonte' fala sobre trabalho infantil, violência doméstica após o casamento, além de resgatar brincadeiras antigas com bonecas de pano, cantigas de roda e bolas de meia.
As atrizes participaram ativamente de todo o processo da montagem, inclusive na confecção do cenário e dos objetos de cena. “Fizeram fuxicos, forros de mesa de croché, pintura em latas de água e participaram ativamente de como seria o figurino”, conta Nil. A trilha sonora tem Meninas de Sinhá, Déa Trancoso e Rubinho do Vale entre outras cantigas de roda entoadas pelas intérpretes.
Casa do Beco
'Quando eu vim para um Belo Horizonte' é resultado de uma das ações promovidas pela Casa do Beco, espaço mantido pelo grupo teatral fundado no Morro do Papagaio em 2003. O local surgiu a partir do trabalho artístico do Grupo do Beco que, desde 1995, atua com o foco na pesquisa artística sobre o morador de favela, colocando em debate os estereótipos, a violência contra os moradores e o estigma da miséria. A Casa do Beco é um Ponto de Cultura desde 2009.
'Quando eu vim para um Belo Horizonte' é resultado de uma das ações promovidas pela Casa do Beco, espaço mantido pelo grupo teatral fundado no Morro do Papagaio em 2003. O local surgiu a partir do trabalho artístico do Grupo do Beco que, desde 1995, atua com o foco na pesquisa artística sobre o morador de favela, colocando em debate os estereótipos, a violência contra os moradores e o estigma da miséria. A Casa do Beco é um Ponto de Cultura desde 2009.
Quando eu vim para um Belo Horizonte
Sexta e sábado, às 20h. Casa do Beco, Avenida Artur Bernardes, 3.876, Barragem Santa Lúcia, (31) 3297-1455. Entrada franca.
Sexta e sábado, às 20h. Casa do Beco, Avenida Artur Bernardes, 3.876, Barragem Santa Lúcia, (31) 3297-1455. Entrada franca.