Exibindo fantasias deslumbrantes e criativas, milhares de fãs realizavam o sonho de encarnar suas personagens favoritas na Comic-Con de San Diego, maior convenção de quadrinhos dos Estados Unidos, que, este ano, apresenta novidades surpreendentes no universo dos comics.
A Rainha das Neves posa junto à Viúva Negra, um pequeno Darth Vader dorme nos braços do pai e uma mãe segura pela mão um diminuto Superman, sob o olhar atento e encantado de um Bart Simpson.
Eric Jensen, um Capitão América louro e de olhos azuis, se deixa fotografar junto ao filho pequeno, que também encarna uma versão mini do Deus do Trovão.
"Sinto muita afinidade com o Capitão América. Eu era militar como ele, sou patriota como ele e fiel a seus valores quando enfrenta a adversidade", explica um corretor de seguros.
Mas, na semana passada, a editoria Marvel anunciou que suas personagens Capitão América e Thor passarão por uma mudança radical que os afastará de seu esteriótipo masculino e caucasiano.
O deus Thor, uma personagem inspirada na mitologia escandinava, se transformará numa deusa, enquanto que o justiceiro americano será negro.
Jensen desconhecia estas novidades. "Gostaria de saber quais são os motivos para estas mudanças", declara, visivelmente surpreso.
A Marvel justificou sua decisão pelo fato de que Steve Rogers, ou Capitão América, vem perdendo força nos últimos tempos, e por isso seu fiel companheiro Sam Wilson tomará seu lugar.
"Ah, que legal! Gostei da ideia!", afirma Jensen, por fim, satisfeita sua curiosidade.
A poucos passos dali, Daniela Applegate, uma designer gráfica de 21 anos, se destaca com seu traje de guerreira e uma pirâmide na cabeça, uma roupa inspirada em um videogame.
"Já era hora desse mundo se desfazer dos clichês sexistas", argumenta ao falar sobre as mudanças que personagens tão icônicos da cultura pop sofrerão.
Calcula-se que, desde sua inauguração, na quinta-feira ,e até domingo, cerca de 150.000 fãs de quadrinhos, videogames, cinema e tv terão visitado os estandes e painéis da Comic-Con de San Diego.
Heróis gays e transsexuais
As personagens femininas robustas e dotadas de poderes são cada vez mais visíveis neste evento, como Lux, do game League of Legends, também conhecida como LoL.
Shannon Sorensen, uma estudante fantasiada de Pyrrha Nikos, uma personagem de cabelo púrpura e estética greco-romana de um comic-book digital, acha que chegou o momento de os super-heróis "deixarem de refletir a etnia do passado".
Apesar disso, tem dúvidas sobre a "honestidade" da estratégia da Marvel, adquirida em 2009 pela Disney.
"A Disney vende princesas para as meninas, comprou a Marvel para dar heróis para os meninos", opina, apesar de admitir que, como muita gente, foi seduzida pela heroína Frozen.
Brian Jordan, organizador de um festival de comics e cinema independente especializado em personagens homossexuais e transsexuais, também está cansado de histórias em que "um rapaz namora uma garota em perigo e a quem deve salvar".
Este produtor de 47 anos, vestido de laranja da cabeça aos pés, está entusiasmado ante a ideia de que uma mulher vai adquirir os poderes de Thor.
Na semana passada, outra notícia sacudiu o mundo dos quadrinhos quando foi anunciado que a personagem cult Archie vai morrer salvando seu amigo gay.
"Já é um começo", afirma Jordan sobre a mudança de tendências nos comics.
Sorensen acrescenta que nos quadrinhos do "Lanterna Verde" há um casamento gay e que Batman e Superman se beijaram em uma história recente.
Vestida e maquiada como a Mysterious Ways e acompanhada do filho, Dina Mills diz que não gosta muito dessa mudança, mas não perde uma Comic Con.
"Sou uma mãe que está desempregada e vir aqui permite que eu escape da realidade e me torne outra pessoa", afirma esta apaixonada por "Cosplay".
No entanto, não está contente com a versão feminina de Thor. "Gostava mais como era, mas tudo bem, a gente reclama, mas depois se acostuma, como sempre acontece", conclui.
A Rainha das Neves posa junto à Viúva Negra, um pequeno Darth Vader dorme nos braços do pai e uma mãe segura pela mão um diminuto Superman, sob o olhar atento e encantado de um Bart Simpson.
Eric Jensen, um Capitão América louro e de olhos azuis, se deixa fotografar junto ao filho pequeno, que também encarna uma versão mini do Deus do Trovão.
"Sinto muita afinidade com o Capitão América. Eu era militar como ele, sou patriota como ele e fiel a seus valores quando enfrenta a adversidade", explica um corretor de seguros.
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Jensen desconhecia estas novidades. "Gostaria de saber quais são os motivos para estas mudanças", declara, visivelmente surpreso.
A Marvel justificou sua decisão pelo fato de que Steve Rogers, ou Capitão América, vem perdendo força nos últimos tempos, e por isso seu fiel companheiro Sam Wilson tomará seu lugar.
"Ah, que legal! Gostei da ideia!", afirma Jensen, por fim, satisfeita sua curiosidade.
A poucos passos dali, Daniela Applegate, uma designer gráfica de 21 anos, se destaca com seu traje de guerreira e uma pirâmide na cabeça, uma roupa inspirada em um videogame.
"Já era hora desse mundo se desfazer dos clichês sexistas", argumenta ao falar sobre as mudanças que personagens tão icônicos da cultura pop sofrerão.
Calcula-se que, desde sua inauguração, na quinta-feira ,e até domingo, cerca de 150.000 fãs de quadrinhos, videogames, cinema e tv terão visitado os estandes e painéis da Comic-Con de San Diego.
Heróis gays e transsexuais
As personagens femininas robustas e dotadas de poderes são cada vez mais visíveis neste evento, como Lux, do game League of Legends, também conhecida como LoL.
Shannon Sorensen, uma estudante fantasiada de Pyrrha Nikos, uma personagem de cabelo púrpura e estética greco-romana de um comic-book digital, acha que chegou o momento de os super-heróis "deixarem de refletir a etnia do passado".
Apesar disso, tem dúvidas sobre a "honestidade" da estratégia da Marvel, adquirida em 2009 pela Disney.
"A Disney vende princesas para as meninas, comprou a Marvel para dar heróis para os meninos", opina, apesar de admitir que, como muita gente, foi seduzida pela heroína Frozen.
Brian Jordan, organizador de um festival de comics e cinema independente especializado em personagens homossexuais e transsexuais, também está cansado de histórias em que "um rapaz namora uma garota em perigo e a quem deve salvar".
Este produtor de 47 anos, vestido de laranja da cabeça aos pés, está entusiasmado ante a ideia de que uma mulher vai adquirir os poderes de Thor.
Na semana passada, outra notícia sacudiu o mundo dos quadrinhos quando foi anunciado que a personagem cult Archie vai morrer salvando seu amigo gay.
"Já é um começo", afirma Jordan sobre a mudança de tendências nos comics.
Sorensen acrescenta que nos quadrinhos do "Lanterna Verde" há um casamento gay e que Batman e Superman se beijaram em uma história recente.
Vestida e maquiada como a Mysterious Ways e acompanhada do filho, Dina Mills diz que não gosta muito dessa mudança, mas não perde uma Comic Con.
"Sou uma mãe que está desempregada e vir aqui permite que eu escape da realidade e me torne outra pessoa", afirma esta apaixonada por "Cosplay".
No entanto, não está contente com a versão feminina de Thor. "Gostava mais como era, mas tudo bem, a gente reclama, mas depois se acostuma, como sempre acontece", conclui.