Enquanto a Seleção do Irã entra em camp no Mineirão, sábado às 13h, para o jogo contra a Argentina (em disputa pelo grupo F da Copa do Mundo), a cultura iraniana bate bola em outros gramados da cidade. A exposição 'A beleza da cultura iraniana' reúne, até dia 29, cerca de 60 peças, entre quadros, artesanatos e objetos do país asiático na Galeria de Arte do BDMG Cultural. A mostra está dividida em três partes: imagens dos monumentos e locais tombados pelo patrimônio histórico; objetos de madeira e peças cravadas em metal; e os conhecidos tapetes persas.
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No mesmo dia será exibido, às 19h, 'M de mãe' (2010), de Rasoul Mollaghholipour, um dos filmes mais bem-sucedidos na trajetória do cinema iraniano. O longa conta a história de Sepideh, jovem que desiste do sonho de promissora carreira musical para se casar com Soheil, integrante do governo. O que parecia uma linda história de amor transforma-se em drama familiar, quando o casal descobre que o seu primeiro filho provavelmente nascerá com problemas congênitos, porque a mãe fora exposta a gás tóxico durante a guerra Irã-Iraque.
'Um tempo para amar' (2012), de Ebrahim Forouzeeh, será mostrado às 17h do dia 25. Em cena, a história de próspero funcionário de uma companhia petrolífera do Irã. Os problemas começam quando o casal protagonista tem dois filhos, um com limitações físicas, o outro saudável. Os dois não conseguem viver em harmonia.
Outro destaque da programação, no mesmo dia, às 19h é Procurando Elly (2009), de Asghar Farhadi. Depois de passar anos na Alemanha, Ahmad volta ao Irã e seus amigos organizam três dias de comemoração. Sem que o resto do grupo saiba, Sepideh convida para a festa a jovem Elly, professora de sua filha. Ahmad, que acabou de se separar da esposa alemã e gostaria de começar uma nova vida com uma iraniana, vê em Elly a mulher perfeita. No dia seguinte, no entanto, ela desaparece misteriosamente.
Documentário
Também na programação (dia 26, às 17h), documentário fascinante, Maria – A mãe de Jesus (2002), de Shahryar Bahrani. A história começa no ano 16 a.C., quando o povo de Jerusalém espera impacientemente pelo nascimento do filho de Emran, o “Messias”. O problema é que nasce uma menina, que ganha o nome de Maria (que significa serva de Deus). Às 19h, será a vez de José (2011), de Farajallah Selhashoori, sobre a história do profeta José, escravo nascido na Mesopotâmia, que, por meio da dádiva da interpretação dos sonhos e da submissão total a Deus, tornou-se um dos homens mais respeitados do Egito antigo.
O encerramento, no dia 27, terá dois filmes: às 17h, O balão branco (1995), do diretor Jafar Panahi, sobre uma criança que não desiste de seu propósito, apesar de todas as dificuldades que encontra pelo caminho; e, às 19h, A separação (2011), de Asghar Farhadi. Depois de ser largado pela esposa, Nader contrata uma jovem para cuidar de seu pai doente. O que ele não sabe é que essa jovem está grávida e aceitou o trabalho sem o consentimento do marido, um homem psicologicamente instável.
O que ver
>> A beleza da cultura iraniana
Mostra de objetos de arte e tapeçaria, até dia 29. Galeria do BDMG Cultural, Rua Bernardo Guimarães, 1.600, Lourdes. Aberto diariamente, das 10h às 18h. Entrada franca.
Informações: (31) 3219-8486.
>> Mostra de Cinema Iraniano
De 24 a 27 deste mês, exibição de filmes a partir das 17h. Auditório do Museu Histórico Abílio Barreto, Av. Prudente de Morais, 202, Cidade Jardim, (31) 3277-8573.