Uma bolsa para pesquisa artística em 2012 levou o fotógrafo mineiro Gui Mohallem a Beirute, no Líbano, de onde o pai havia saído há mais de meio século para vir para o Brasil. Em agosto do ano passado, Mohallem voltou ao país, e o que experimentou, conta, foram vivências que entrelaçavam poesia e violência. Sentimento que está em 'Tcharafna', livro de arte que será lançado hoje, às 19h30, no Multiespaço Oi Futuro. Além de apresentar a publicação, Mohallem conversa com o público. O encontro faz parte do projeto Foto em Pauta, cujo objetivo é discutir produção contemporânea de fotografia.
“Descobri que sou mais libanês do que imaginava”, conta Gui Mohallem. No Líbano, ele conheceu uma tia de 101 anos, que nem sabia que existia, e observou o contato das pessoas com tradições centenárias. Percebeu também a tensão, inclusive com atentados a bomba, com a guerra civil na vizinha Síria. “Por isso busquei no livro criar um espaço em que poesia e conflitos coexistem. A cor vermelha, por exemplo, alude a sangue, mas com o sentido tanto de herança familiar quando de violência”, conta. As imagens do livro vêm de fotos e frames de vídeo.
Tcharafna é livro de artista, com tiragem de 400 exemplares. “É 100% o que queria, no momento, para este projeto. Um livro delicado sobre assunto delicado”, explica Gui Mohallem, valorizando impressões, papéis, jogos com o vazio, paginas soltas. O fotógrafo é mineiro de Itajubá, formado em cinema e vídeo pela ECA/USP. A primeira exposição foi Ensaio para a loucura (2008), em Nova York em 2008. “Acredito que a fotografia, hoje, deve andar em diálogo com as artes visuais. É convívio que traz sofisticação de linguagem e amplia os limites da fotografia”, defende Mohallem.
Gui Mohallem participou do Paraty em Foco em 2009 e 2011, fez mostras nas galerias Olido, Babel, Bró Cruz e Emma Thomas e foi convidado do programa Descubrimentos da Photo España (2011). Participou também da exposição Panoramas do Sul, no 18º Festival Sesc-Videobrasil. Autores que Gui Mohallem admira são João Castilho, Breno Rotatori e Rodrigo Braga – “são fotógrafos-artistas”, afirma.
FOTO EM PAUTA
Lançamento do livro Tcharafna e bate-papo com o autor, Gui Mohallem, quarta, às 19h30, Multiespaço Oi Futuro (Avenida Afonso Pena, 4.001, Mangabeiras). Entrada franca.
“Descobri que sou mais libanês do que imaginava”, conta Gui Mohallem. No Líbano, ele conheceu uma tia de 101 anos, que nem sabia que existia, e observou o contato das pessoas com tradições centenárias. Percebeu também a tensão, inclusive com atentados a bomba, com a guerra civil na vizinha Síria. “Por isso busquei no livro criar um espaço em que poesia e conflitos coexistem. A cor vermelha, por exemplo, alude a sangue, mas com o sentido tanto de herança familiar quando de violência”, conta. As imagens do livro vêm de fotos e frames de vídeo.
Tcharafna é livro de artista, com tiragem de 400 exemplares. “É 100% o que queria, no momento, para este projeto. Um livro delicado sobre assunto delicado”, explica Gui Mohallem, valorizando impressões, papéis, jogos com o vazio, paginas soltas. O fotógrafo é mineiro de Itajubá, formado em cinema e vídeo pela ECA/USP. A primeira exposição foi Ensaio para a loucura (2008), em Nova York em 2008. “Acredito que a fotografia, hoje, deve andar em diálogo com as artes visuais. É convívio que traz sofisticação de linguagem e amplia os limites da fotografia”, defende Mohallem.
Gui Mohallem participou do Paraty em Foco em 2009 e 2011, fez mostras nas galerias Olido, Babel, Bró Cruz e Emma Thomas e foi convidado do programa Descubrimentos da Photo España (2011). Participou também da exposição Panoramas do Sul, no 18º Festival Sesc-Videobrasil. Autores que Gui Mohallem admira são João Castilho, Breno Rotatori e Rodrigo Braga – “são fotógrafos-artistas”, afirma.
FOTO EM PAUTA
Lançamento do livro Tcharafna e bate-papo com o autor, Gui Mohallem, quarta, às 19h30, Multiespaço Oi Futuro (Avenida Afonso Pena, 4.001, Mangabeiras). Entrada franca.