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A arquiteta responsável pela revitalização, Mariluce Duque, disse que uma das principais intervenções ocorreu no placo, foco dos trabalhos. A ideia era ampliar a possibilidade de cena do espaço, que foi repensado e modernizado. O sistema manual foi substituído por um mecânico e de contrapesagens para luz e cenário. “Antes, a parte cenotécnica era toda no braço, o que representava uma limitação da estrutura. Agora, o palco tem mais recursos técnicos e ganha uma flexibilização dos tipos de espetáculos que poderá receber”, afirmou. Ela ressaltou ainda que a relação afetiva da população de BH com o teatro impulsionou a busca pelo traçado original.
A reforma custou R$ 11 milhões e foi promovida pela Unimed-BH. O diretor-presidente da operadora de saúde, Helton Freitas, informou que um dos principais objetivos foi resgatar o patrimônio histórico que o Francisco Nunes representa. Inicialmente chamado de “Teatro de Emergência”, o espaço foi inaugurado em 1950 pelo prefeito Otacílio Negrão de Lima, época em que a capital estava carente de casas de espetáculos. O antigo Teatro Municipal havia se transformado no Cine Metrópole (demolido em 1983) e o Palácio das Artes só seria inaugurado em 1970. O nome do teatro é uma homenagem ao grande clarinetista e maestro mineiro Francisco Nunes (1875-1934), que criou a Sociedade de Concertos Sinfônicos de BH e dirigiu o Conservatório Mineiro de Música.